Rede Brasil Atual - A privatização da Eletrobras, que o governo Temer pretende ver realizada entre setembro e dezembro de 2018, não deverá ocorrer. Se ocorrer, deverá ser revogada pelo próximo presidente legitimamente eleito. É o que defende o professor Ildo Sauer, vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), um dos maiores especialistas em energia do país, em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta terça-feira (12).
Ele afirma que a venda do sistema elétrico brasileiro atende apenas aos interesses dos grandes consumidores industriais e dos investidores internacionais, e que a privatização da Eletrobras resultaria inevitavelmente em aumento das tarifas ao consumidor. "Nenhum país sério faz isso. Os Estados Unidos, que são a 'meca' do capitalismo, mantêm todas as grandes hidrelétricas sob controle público, algumas delas inclusive operadas pelo Exército. Tudo continua sob controle de empresas públicas", compara.
Sauer diz ainda que o sistema hidrelétrico brasileiro têm funções específicas e não se restringe apenas à produção de energia. Segundo ele, as represas e usinas influenciam também o no abastecimento de água para o consumo humano, na irrigação, na navegação, e afetam os regimes de secas e cheias dos rios. "Todas essas são razões pelas quais não deveria sequer pensar em
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