Cortes de Temer põem em risco inovação tecnológica e pesquisa científica

PROJETO DESMONTE

Laboratórios de institutos e universidade federais estão sem recursos para compra de equipamentos, com dificuldades para avançar em pesquisas e até para pagar conta de luz
por Redação RBA publicado 18/01/2018 14h17, última modificação 18/01/2018 17h48
ARQUIVO EBC
Ciência_Brasil
Com sucessivos cortes de verbas, pesquisadores têm denunciado a crise nas áreas de ciência e tecnologia do país
São Paulo – O orçamento para as áreas de ciência e tecnologia em 2018 é o mais baixo da última década. A situação piorou desde 2016, após a fusão do Ministério da Comunicação com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, sem aumentar os recursos. Para este ano, estão previstos R$ 3 bilhões, valor que representa um corte de R$ 1 bilhão em relação a 2017.
“Sem pesquisa, a gente não tem inovação. Sem inovação tecnológica, você não tem a possibilidade de injetar o desenvolvimento do país, o desenvolvimento econômico, novos postos de trabalho, novas empresas, você começa a ter um acometimento de toda a estrutura econômica e social”, avalia Anapatricia Morales Vilha, coordenadora da Agência de Inovação da Universidade Federal do ABC (UFABC).
Segundo ela, com os cortes que o governo federal tem executado no orçamento das universidadesfederais e nas áreas de ciência e inovação, esses estudos estão em risco. Na UFABC, por exemplo, a redução dos recursos passou de 50% nos últimos quatro anos, prejudicando a produção cientifica.
“Temos uma série de reduções que impactam na compra de equipamentos importantes, pesquisas que poderiam avançar por meio de bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado, pesquisas que poderiam, inclusive, colocar a universidade em consórcio com outros países em pesquisas internacionais”, explica Anapatricia.
Assista na íntegra a reportagem da TVT:

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