247 - Os 48,6 mil megawatts (MW) de capacidade de geração do Sistema Eletrobras equivalem a um investimento de cerca de R$ 370 bilhões se fossem instalados hoje, segundo cálculo feito pelo engenheiro e consultor do setor elétrico Carlos Mariz, que critica a futura privatização dessa holding, dona da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
Ele é ex-diretor regional da Eletronuclear, foi chesfiano de carreira, se desligando da estatal em 1990. “Como é que numa privatização de um sistema com esse porte serão arrecadados entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões?”, questiona. Essa quantia corresponde a menos de 10% do valor desses ativos. A crítica ocorre dois dias depois de o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, ter anunciado o início do processo de privatização das geradoras do Sistema Eletrobras.
“É lógico que há uma desvalorização contábil que ocorre com os empreendimentos, mas o valor a ser arrecadado com a futura privatização está muito baixo”, alfineta. A desvalorização contábil citada é o fato de um empreendimento depois de concluído passar a ter uma depreciação (valer menos) a cada ano de uso.
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