Psol vai ao Conselho Nacional de Justiça contra desembargadora que difamou Marielle e estuda medidas contra deputado

17 de março de 2018 às 14h50


Da Redação
Nas últimas horas uma silenciosa campanha difamatória está sendo movida contra a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro, nas redes sociais.
Ela se baseia no compartilhamento de ao menos três armas: áudios anônimos no whatsapp, de gente que diz ter tido acesso a informações privilegiadas, prints de uma postagem da desembargadora Marilia Castro Neves, que teria “autoridade” para falar do assunto e um vídeo grosseiramente editado que faz crer que a fala de uma vereadora de Niterói é de Marielle e representa apoio a criminosos.
É impossível determinar se a campanha é de alguma forma organizada, mas é certo que tira proveito do preconceito contra mulheres, negras, faveladas, homossexuais e socialistas.
O Psol, partido ao qual Marielle pertencia, iniciou uma contraofensiva.
Voluntários se apresentaram no twitter pedindo que internautas encaminhem links e prints de postagens difamatórias para o endereço evelyn@ejsadvogadas.com.br, a fim que se avalie a abertura de processos na Justiça.
PSOL vai representar contra desembargadora que inventou que Marielle era “engajada com bandidos”
O PSOL vai entrar com representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a desembargadora Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que acusou Marielle Franco de ser “engajada com bandidos”.
O texto, que está sendo preparado, deve ser protocolado no início da semana.
A desembargadora publicou a mentira em seu perfil no Facebook: “A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa ‘longe da favela’ sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava”.
Criticada, excluiu o post.
De forma absolutamente irresponsável, a desembargadora entrou na “narrativa” que vem sido feita nas redes sociais para desconstruir a imagem de Marielle, do PSOL e da luta pelos direitos humanos.
Outra mentira que tem sido divulgada neste sábado afirma que Marielle havia sido casada com Marcinho VP, conhecido traficante carioca, com quem teria tido um filho aos 16 anos.
Até o deputado federal Alberto Fraga (DEM/DF) divulgou o absurdo. O PSOL estuda possíveis ações contra ele.
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