Reportagem de Ranier
Bragon na Folha informa
que o deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência
pelo PSL, usou os microfones da Câmara em 2003 para parabenizar e defender a
ação de grupos de extermínio no país. Na época capitão reformado do Exército e
defensor do regime militar, Bolsonaro disse que, como o Brasil não tem pena de
morte, esses grupos são úteis e teriam seu apoio.
A sua fala era uma resposta a um
deputado que horas antes havia afirmado que o governo da Bahia, na época,
assumira pela primeira vez a existência de esquadrões da morte na região, diz a
Folha de S.Paulo. “Enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de
morte, esses grupos de extermínio, no meu entender, são muito bem-vindos. E se
não tiver espaço na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim,
terão todo o apoio, porque no Rio de Janeiro só as pessoas inocentes são
dizimadas. Na Bahia, as informações que tenho —lógico que são grupos
ilegais, mas meus parabéns— [são a de que] a marginalidade tem decrescido.”
Um mês depois da fala de Bolsonaro,
um crime atribuído aos esquadrões da morte da Bahia ganhou repercussão
internacional, complementa a publicação.
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