Por William De Lucca - O coordenador do plano de governo do presidente Lula (PT), Fernando Haddad, deu detalhes sobre os eixos estratégicos definidos nesta sexta-feira (20). Após visitar o ex-presidente em Curitiba, onde está preso há mais de 100 dias, Haddad apontou que a construção do plano será mais a esquerda do que se viu nas últimas gestões presidenciais petistas.
"Na próxima semana, vamos divulgar um detalhamento deste programa, para a recuperação da economia e da soberania popular. O que posso adiantar de medidas inclui uma reforma tributária cujo objetivo não é só a simplificação, mas também uma mudança de composição, que seja progressiva e que produza uma mudança na carga para favorecer o consumo das famílias mais pobres", adiantou o ex-prefeito de São Paulo, em uma coletiva de imprensa em frente a sede da Polícia Federal.
Haddad ainda revelou que o plano de governo proporá mandatos para os tribunais superiores, como STF e o STJ, onde os cargos deixariam de ser vitalícios. "Ainda estamos discutindo este tema, mas a proposta manterá a indicação para os tribunais, mas estabelecerá mandatos de 11 ou 13 anos para os magistrados", disse.
Ele ainda citou outros exemplos de propostas incluindo uma maior regulação do sistema financeiro, recuperar a capacidade de investimento do Estado e uma política de acesso a crédito barato, além de aumentar a participação popular. Os temas já haviam sido debatidos com Lula e tiveram suas linhas gerais aprovadas pela Executiva do PT.
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