Promotoria pede o fim da Odebrecht, Camargo, Galvão, Serveng e Queiroz por ‘bingo’ em obras de rodovia


DCM
Publicado em 22 julho, 2018 8:59 pm
Fachada da Odebrecht. Foto: Divulgação
Em ação civil pública, protocolada nesta sexta-feira, 20, o Ministério Público de São Paulo pede a dissolução de cinco gigantes da construção: Odebrecht, Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Serveng e Queiroz Galvão. A Promotoria acusa as empreiteiras por improbidade e ex-dirigentes do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) por supostamente receberem propinas da Odebrecht sobre as obras da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255) em meio a um ‘bingo’.
DISSOLUÇÃO
As empreiteiras já foram alvo de investigação da Operação Lava Jato, mas até agora, ainda não havia sido pedida a dissolução das empresas.
A ofensiva do Ministério Público de São Paulo pelo fim das empreiteiras põe contra a parede estratégia da Odebrecht de fechar acordos com a Promotoria e pagar valores a longo prazo. Nem mesmo a força-tarefa da Lava Jato havia requerido judicialmente a extinção da Odebrecht.
Em delação, o executivo Roberto Cumplido, ligado à Odebrecht, relatou que participou de ‘diversas reuniões’ no primeiro semestre de 2005. Segundo o delator, os encontros tinham como objetivo ‘combinar e partilhar as licitações’ que seriam abertas pelo DER-SP, sendo a combinação realizada por intermédio de um ‘bingo’.
“Está bastante claro que as empresas demandadas, por intermédio de seus representantes, adotaram procedimento que inviabiliza sua própria existência”, afirmam os promotores Nelson Luís Sampaio de Andrade e Marcelo Camargo Milani.

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