20/05/2022

Cobertura vacinal contra Covid-19 está estagnada no Brasil, alerta Fiocruz

 


Situação preocupa porque vacina passou a ser quase o único recurso contra a doença, após fim das medidas de prevenção

www.brasil247.com - Profissional de saúde aplica vacina da AstraZeneca contra Covid-19 em Duque de Caxias
21/04/2021  REUTERS/Ricardo Moraes
Profissional de saúde aplica vacina da AstraZeneca contra Covid-19 em Duque de Caxias 21/04/2021 REUTERS/Ricardo Moraes (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)
 

247 - Em seu Observatório Covid-19, divulgado nesta quinta-feira (19), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta que a vacinação contra a covid no Brasil está estagnada.

De acordo com o boletim, o maior desafio atualmente é a imunização das crianças de 5 a 11 anos. Após quase cinco meses, a cobertura vacinal completa (duas doses ou dose única) alcançou apenas 32% dessa faixa etária. O documento também destaca a estagnação da cobertura vacinal na população adulta, além da desaceleração da curva de cobertura da terceira dose, informa o jornalista Tiago Pereira, da RBA.

Desde o final de fevereiro, o avanço da vacinação passa pelo seu “pior desempenho”, com crescimento de apenas 0,29% por semana, afirmam os pesquisadores. O quadro é preocupante, já que a vacinação passou a ser praticamente o único recurso de proteção contra os sintomas mais graves da doença no país. Isso porque houve um desincentivo ao uso de máscaras e até mesmo a obrigatoriedade do uso do passaporte vacinal vem sendo abandonada.

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Para a população acima de 25 anos, a cobertura no território nacional para o esquema vacinal completo é de 80%. No entanto, em relação às faixas etárias, os dados mostram que a terceira dose nos grupos mais jovens segue abaixo da média considerada satisfatória. Nas faixas etárias acima de 65 anos, a cobertura está acima de 80%.

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Por outro lado, enquanto na faixa de 55 a 59 anos, 63,9% tomaram a dose de reforço, esse índice vai caindo progressivamente conforme a idade se reduz. Entre os de 25 a 29 anos, pouco mais de um terço (35,5%) tomaram a terceira dose. Entre 20 e 24 anos, cai para 30,4%. Entre os que têm 18 ou 19, apenas um em cada quatro (25,2%) aderiu ao reforço. Já a quarta dose foi aplicada em 17% da população com mais de 80 anos.

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