Nas últimas
décadas do século XX, o mundo deparou-se com um grande dilema. Se por um lado o fracasso das nações
totalitárias levou a fragmentação dos países que professavam esta doutrina, por
outro, o Capitalismo precisava de uma nova cara para que pudesse mantê-lo como
forma de governo predominante. Neste
contexto é que toma corpo o neoliberalismo como doutrina para estabelecer uma
nova ordem que impõe a globalização dos meios de produção econômica, social,
cultural e política. No mundo globalizado
as empresas transnacionais, por exemplo, desenvolve seus negócios a custa das
nações menos desenvolvidas, onde a mão de obra é barata o que faz seus lucros
se tornarem cada vez maiores. Na área da
cultura e costumes o que é produzido em Londres, Paris e outras capitais do
mundo desenvolvido, torna-se regra para o resto do planeta, devido à velocidade
dos meios de comunicação e informação.
Hoje a sociedade
tem o grande desafio de buscar alternativas para um novo modelo de desenvolvimento
que se contraponha a exclusão e o domínio gerados pela globalização, o que
acabou gerando um dos mais perversos sistemas de distribuição de renda e isolamento
das nações subdesenvolvidas. Se a tecnologia, a informação e a cultura, ficaram
mais “acessíveis” a todos os países devido a velocidade com que circulam pelo
mundo globalizado, em contra partida o colonialismo continua a imperar como se estivéssemos
vivendo no período das Grandes Navegações.
O grande desafio
da sociedade neste século XXI, é construir um modelo alternativo ao
neoliberalismo, onde todos os seres humanos sejam incluídos num processo de
desenvolvimento social, econômico, cultural e político que privilegie todos os
países para que a humanidade possa voltar a sonhar e vislumbrar um horizonte
muito mais amplo e igualitário , e que isto resulte na construção de uma nova
ordem na sociedade mundial.
Emir Bechir
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