Ministério Público quer bloquear bens de cunhado de Alckmin


Promotoria acusa Paulão de tráfico de influência para beneficiar cartel da merenda escolar no interior


O Ministério Público Estadual requereu à Justiça indisponibilidade de bens do empresário Paulo César Ribeiro, o Paulão, cunhado do governador Geraldo Alckmin. A promotoria acusa Paulão de tráfico de influência para beneficiar cartel da merenda escolar em contrato com a prefeitura de Pindamonhangaba. A ação, de caráter civil, pede ressarcimento do valor do contrato e pagamento de multas que somam R$ 792,2 milhões.
O prefeito João Ribeiro (PPS) também é acusado na ação com base na Lei de Improbidade Administrativa. Outros 17 investigados são citados, inclusive 8 empresas. A Verdurama e a SP Alimentação são apontadas como as principais beneficiárias por contrato de R$ 30 milhões.
A ação pede condenação do irmão de Lu Alckmin, mulher do governador, às sanções da Lei de Improbidade, inclusive perda de direitos políticos. O valor da ação foi calculado com base no suposto prejuízo ao Tesouro municipal, acrescido de multas previstas na Lei 8429/92.
A ação foi distribuída para a 3.ª Vara do Fórum de Pindamonhangaba. O prefeito não se manifestou. Sua assessoria disse que ele ainda não foi notificado. Não iria se pronunciar porque desconhece o conteúdo do processo.
"Paulo não foi citado, não tenho cópia da inicial da ação e não tenho como me manifestar", disse o advogado Gustavo Badaró, que defende o cunhado de Alckmin. A Verdurama não retornou contato do Estado.

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