Empresa foi criada para fazer reforma em prédio que caiu


Edifício Senador, em São Bernardo, está interditado

Fabio Leite e Paula Felix

do Agora
Apontada pela polícia como uma das prováveis causas do desabamento parcial do edifício Senador, que matou uma menina de três anos e uma enfermeira no dia 6 de fevereiro, em São Bernardo (ABC), a obra contra infiltração na laje do último andar foi feita por uma empresa criada só para o serviço e que não tem registro profissional de engenharia.
A Conformas Construções e Reformas (nome fantasia) foi criada no dia 16 de fevereiro de 2011 pelo empresário Ricardo João Langanke dos Santos. Oito dias depois, foi contratada pelo síndico do prédio, Lauro Salera, para fazer a impermeabilização.
A obra, que incluiu a colocação de uma manta asfáltica e a reforma do contrapiso da laje, custou R$ 26 mil, mais R$ 3.500 de pintura.
Resposta
O empresário Ricardo João Langanke dos Santos disse que a obra na laje do prédio Senador, executada por sua empresa, foi benfeita e não tem relação com o desabamento. Para ele, a queda da laje se deu por causa de uma infiltração que, diz, já existia havia pelo menos quatro anos. "Desde que eu estou lá, em 2008, tem vazamento do 14º para o 13º e até para o 12º. Eles colocavam baldes no meio da sala, para você ver o tamanho da desgraça que era aquilo", disse Santos, que trabalhava no último andar.
Segundo ele, a obra só não foi feita antes por causa de uma briga entre o síndico e o dono do imóvel. O primeiro não quis comentar o caso e o segundo negou ter havido jogo de empurra.

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