Rafael Italiani, Tatiana Santiago e Folha de S.Paulo

do Agora

Uma pane elétrica na linha 4-amarela (Luz-Butantã) do metrô paralisou o serviço por 40 minutos na manhã de ontem, prejudicando cerca de 16 mil pessoas.

Uma composição ficou parada no túnel, perto da estação Faria Lima, e os passageiros forçaram a porta e desceram na via.

Esta é a quarta pane na mais recente linha de transporte sobre trilhos da capital, inaugurada em 2010. A linha transporta, por dia, 550 mil passageiros em média.

Segundo a ViaQuatro, concessionária responsável pela linha, houve um problema elétrico na região da estação Faria Lima.

Entre as 8h20 e as 9h, todas as seis estações da linha ficaram fechadas. Passageiros reclamam de não terem recebido informações sobre como proceder.

Dizem que o trem 'deu um tranco' entre as estações Faria Lima e Pinheiros. Em seguida, as luzes se apagaram e o ar-condicionado desligou.

O problema afetou também os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Como as estações Hebraica-Rebouças e Pinheiros, da linha 9-esmeralda, ficaram cheias de passageiros, os trens tiveram de reduzir a velocidade.

Resposta

A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos informou que o contrato com a ViaQuatro, concessionária que administra a linha 4-amarela do metrô, prevê redução do pagamento com base em indicadores de desempenho, além de perda de receita no caso de falhas ou paralisação do serviço sob sua responsabilidade.

No entanto, a pasta não explicou quanto a concessionária deixaria de receber em função da pane e das anteriores nem respondeu se a linha 4 apresenta mais falhas que as demais.

A ViaQuatro afirmou que não houve necessidade de acionar a operação Paese e que bilhetes foram devolvidos aos usuários prejudicados que optaram por outros meios de locomoção. Afirmou ainda que a pane de ontem foi "uma situação isolada que, após sanada, não se repetirá".

Sobre o problema de anteontem, quando um trem passou direto pela estação República, a Via Quatro afirmou que ele parou desalinhado na plataforma da estação, não sendo possível abrir as portas.