Presa, loira da gangue tinha vida dupla


Folha de S.Paulo

Emprego, apartamento próprio em Curitiba, casamento e um filho de dois anos não bastavam para a paulistana Carina Geremias Vendramini, 25 anos --ela queria "adrenalina", afirma a polícia.
Escondida do marido e dos amigos, viajava de avião para São Paulo, onde se transformava, segundo investigadores, em uma das integrantes da gangue das loiras, um grupo de mulheres responsável por uma série de sequestros-relâmpagos.
A mãe zelosa, de voz doce, transformava-se numa violenta criminosa, de arma em punho e linguajar chulo na boca, dizem policiais.
Na gangue, todas as mulheres eram chamadas de "Bonnie" e o único homem, de "Clyde", em referência ao famoso casal de ladrões.
"O caso dela é para ser estudado pela criminologia", disse o delegado Alberto Pereira Matheus Júnior.
De acordo com a polícia, a gangue das loiras pode estar envolvida em cerca de 50 crimes desde 2008. A maioria utilizando de violência.
Carina foi presa em seu apartamento no dia 9, em Curitiba. A prisão ocorreu na frente do marido e do filho.
"O marido não acreditava. E até agora não acredita. Pensa que estão confundindo com a irmã dela", disse o delegado responsável. A irmã é suspeita de integrar a gangue e está foragida.
A prisão de Carina foi divulgada somente na noite de anteontem pela polícia.
Carina nega seu envolvimento na gangue e diz que está sendo confundida com a irmã, Vanessa Vendramini, que, segundo ela, é integrante da gangue.

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