Paralisação de servidores da saúde cancela consultas


Funcionários durante greve do Hospital do Servidor

Simei Morais e Tatiana Cavalcanti

do Agora
A greve dos servidores nos hospitais estaduais cancelou consultas e até pequenas cirurgias em São Paulo, desde a última segunda-feira, quando teve início a paralisação.
No Centro de Referência e Treinamento em DST-Aids, na Vila Mariana (zona sul de SP), mais de 200 horários agendados foram desmarcados a cada dia, segundo funcionários da unidade.
A categoria organiza paralisações em todo o Estado, reivindicando aumento de 26% no salário, reajuste de vale-alimentação e estruturação de plano de carreira. A greve já havia causado transtornos ao pronto-atendimento em hospitais da zona norte nos dias anteriores.
A maior parte dos pacientes prejudicados pelos cancelamentos na unidade da Vila Mariana é de pessoas com Aids, como um aposentado de 70 anos, que foi ontem para uma consulta de urologia.
Ele levava resultados de exames que indicariam problema na próstata.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde afirma, em nota, que os hospitais estão reprogramando consultas e cirurgias eletivas desmarcados.
A pasta afirma que as próprias unidades deverão informar os pacientes sobre as novas datas.
A secretaria afirma, ainda, que sindicalistas em piquetes, nas portas de hospitais, divulgam uma "paralisação que não existiu".
A orientação da secretaria é para que a população entre nas unidades, mesmo que grevistas digam não haver atendimento.
No balanço da pasta divulgado ontem, quatro hospitais estão em paralisação parcial: Vila Penteado, Mandaqui, CRT DST/Aids e o Hospital Regional de Assis.
A secretaria diz que mantém diálogo com trabalhadores em relação às reivindicações e cita que, em 2011, o governo aprovou um plano de cargos e salários que resultou em aumentos de até 40%.

Postar um comentário

0 Comentários