do Jornal da Estância
Neste ano, o Brasil todo vai passar por eleições municipais. Cada cidade deste imenso país se prepara para escolher, além dos vereadores, o seu futuro prefeito.
A expectativa desse
acontecimento mexe com o imaginário do eleitor porque sabe ele que uma escolha
mal feita pode levar de roldão não só os anseios de um futuro melhor, como
comprometer, de maneira irremediável, os destinos de seu município.
Por uma questão
axiomática, aquela em que nem cabe discussão, é saber que pertence à natureza
humana a eterna busca de um horizonte promissor. A dona de casa, por exemplo,
não mede esforços para que o futuro de seus filhos esteja garantido, por isso
tem consciência de que somente com muito trabalho e dedicação é possível
atingir seus objetivos.
Um empresário sabe
que, para ter sucesso, a sua empresa precisa funcionar como um relógio. Essa
condição vai desde a satisfação de seus trabalhadores, até a arte de saber
comprar, para que seus produtos cheguem ao mercado de maneira competitiva. Todo esse desempenho se resume a
duas palavras: iniciativa e trabalho.
Os exemplos acima são
apenas dois dentre as milhares de profissões que poderíamos citar, nas quais
vamos encontrar milhões de brasileiros que saem para a lida ao alvorecer e só
retornam ao lar quando o sol já se foi.
Mas, de que adianta
tamanho esforço se não encontrarmos reciprocidade do poder público, seja na
área da educação, da saúde, da segurança, do transporte, enfim, de todos os
setores que uma boa administração pode oferecer?
Saber administrar é
uma arte, gostar de trabalhar, no entanto, é a primeira exigência para quem tem
a pretensão de ocupar o legislativo e, principalmente, o executivo.
A prefeitura de São
Roque tem um orçamento anual na casa dos 200 milhões de reais e mais de 2.000
dedicados funcionários, cuja atividade se assemelha a uma grande empresa. Para
que tudo funcione a contento é preciso que o pretendente à sua administração
carregue em sua veia o DNA do gosto pelo trabalho; que esteja acostumado a
arregaçar as mangas e tenha vontade de realizar, requisitos indispensáveis, sem
os quais não terá a mínima condição de cumprir a exigida jornada de sol a sol,
para atender satisfatoriamente as demandas que o cargo requer.
As convenções
partidárias ocorrerão em junho próximo, quando então conheceremos os
pretendentes. O eleitor não pode, nem deve vacilar. Sabe ele que, a partir
desse momento, precisa pesquisar detidamente cada candidato e mandar para casa
os que, em sua opinião, estão mais preocupados em arranjar uma “boquinha”, do
que realmente produzir.
Se não for assim,
resta-lhe algumas alternativas, sendo a mais comum a de reclamar durante os
próximos quatro anos.
Roberto de Moraes
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