Fernanda Barbosa
do Agora
Macas improvisadas no corredor, acompanhantes sem local adequado para se sentar e falta de separação entre homens e mulheres formavam, ontem, o cenário da ala de observação do Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Vila Maria (zona norte de São Paulo).
Pelo menos oito pacientes estavam ontem em macas divididas em dois corredores, em frente aos dois cômodos destinados à observação.
Entre eles, uma criança, dois idosos e uma idosa. Um deles, segundo a acompanhante, estava desde terça-feira no mesmo local --uma maca baixa, próxima ao chão--, sem tomar banho.
Uma acompanhante, sem local para sentar, improvisou uma escada de dois degraus para ficar ao lado da mãe.
Os idosos têm direito a uma companhia durante as 24 horas do dia, mas não há assento para todos.
Resposta
A SPDM, organização social que administra o hospital, afirmou que a unidade atende a uma demanda quatro vezes superior à sua capacidade.
A entidade negou que ambulâncias aguardem por macas de um dia para o outro.
Segundo a SPDM, a demanda do pronto-socorro aumentou 62,88% nos últimos cinco anos, e que, "mesmo assim", não houve recusas a atendimentos.
A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que irá avaliar as ações da SPDM.
A pasta informou que a orientação é a de que não haja retenção de macas do Samu, e que as ambulâncias citadas foram liberadas ontem.
Segundo a secretaria, o socorro para José Baptista Ferreira chegou em 30 minutos. Afirmou ainda que pretende criar mil leitos até 2016.
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