Cidade fica sem ter onde depositar lixo


Empresa que administra aterro de Iperó diz que Gomes Lourenço não cumpriu obrigações previstas em contrato


José Antônio Rosa
joseantonio.rosa@jcruzeiro.com.br

O lixo produzido por Sorocaba, algo em torno de 600 toneladas por dia, não será mais recebido pelo aterro sanitário mantido em Iperó pela empresa Proactiva. É o que diz a notificação encaminhada ontem ao Paço e que fez com que o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) decretasse pela terceira vez este ano estado de emergência. Conforme divulgado pela Secretaria da Comunicação, a responsável pelo aterro alega que a Gomes Lourenço, concessionária do serviço de coleta, não cumpriu obrigações assumidas em contrato, eu que, por isso, deu por rescindido o compromisso. O texto não informa quais seriam essas obrigações.

A medida foi tomada em caráter preventivo. O estado de emergência, explica o comunicado da assessoria de imprensa do Município, "é uma ferramenta legal que permite à administração adotar as providências necessárias para evitar prejuízos à população". A reportagem tentou contatar o setor competente para saber mais detalhes, mas foi informada de que só hoje seriam anunciados possíveis novos desdobramentos.

A nota afirma que o secretário das Parcerias, Clebson Ribeiro garante, pelo governo, a continuidade do serviço, incluídos aí o transporte e disposição dos resíduos. Na prática, isso quer dizer que se não puder transportar e depositar o lixo no aterro de Iperó, Sorocaba terá de recorrer a outras cidades. O titular da Separ também explicou, no comunicado, que a Gomes Lourenço foi notificada à tarde a "oferecer opção de destinação do lixo doméstico e que, caso isso não ocorresse, ainda hoje pela manhã, a Prefeitura poderá intervir totalmente no serviço, contratando nova empresa, se necessário. 

"Não temos qualquer interesse que o serviço prestado sofra a intervenção, mas não abrimos mão do cumprimento do contrato e do nosso compromisso em garantir qualidade de vida ao sorocabano", afirmou o secretário. Ele também assume, por meio da mesma nota, que "a situação no ponto em que chegou deixa claro que a Gomes Lourenço não foi capaz de resolver seus problemas com a terceirizada e, isso sim, deve ser considerado". A manifestação dá praticamente a entender que a Prefeitura também pode rescindir o contrato de concessão do lixo.

Os problemas com a Gomes Lourenço têm sido recorrentes. Em 2013, o governo municipal teve de decretar estado de emergência por duas vezes em razão do risco de greve dos coletores. O Cruzeiro do Sul tentou contato com a empresa, mas não localizou nenhum responsável para se manifestar a respeito do problema.

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