Ana Rita Martins
do Agora
A comerciante Célia Gomes, 65 anos, morre de medo de ter a casa atingida por um caminhão. É que o barraco de madeira em que ela e a família moram fica em uma favela à beira da marginal Pinheiros, na altura da rua Barão de Antonina, no Jaguaré (zona oeste).
O local é conhecido pelos moradores como favela da Billings, em referência à vizinha avenida Engenheiro Billings.
A moradia da família e de outros vizinhos não têm proteção contra veículos que circulam pela marginal --a velocidade máxima permitida na via é de 70 km/h.
As casas ficam na calçada, colocando em risco tanto a vida dos moradores quanto a de quem queira atravessar o trecho a pé. "Há sete meses, um caminhão atingiu uns barracos aqui do lado. Ninguém se machucou por sorte", conta Célia.
A comerciante, que mora há 50 anos na região e há oito no barraco, diz que ela e a filha, Luciana Gomes, 32 anos, doméstica desempregada, têm cadastro na prefeitura desde 2006 para receber uma moradia. "Nós cobramos sempre por melhores condições. Lá se vão sete anos", diz Luciana.
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