OGX ainda negocia com credores, mas pode pedir concordata

Resultado das negociações ainda é incerto, o que pode levar a empresa a pedir proteção judicial depois de 20 de outubro


Álvaro Campos, da Agência Estado
SÃO PAULO - Conselheiros que representam a companhia brasileira OGX Petróleo e Gás Participações, do empresário Eike Batista, e os detentores de bônus emitidos pela empresa não devem chegar a um acordo sobre a reestruturação da dívida esta semana, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto. Ambos os lados têm realizado longas reuniões em Nova York e alguns avanços foram feitos, mas o resultado das negociações ainda é incerto e talvez seja preciso mais tempo para um acordo final ser alcançado.
A OGX, que tem US$ 3,6 bilhões em bônus em circulação, deixou de pagar recentemente US$ 45 milhões em juros. A companhia tem até o fim do mês para encontrar uma solução, ou entrará oficialmente em default. A empresa contratou os conselheiros financeiros Lazard Ltd e Blackstone Group para coordenar as conversas com os credores. Os principais credores, a Pacific Investment Management Co (Pimco) e a BlackRock, são representados pelo banco europeu de investimento Rothschild.
As discussões nos últimos dias envolveram pedidos para a injeção de mais capital pelos atuais detentores de bônus e a possibilidade do chamado financiamento debtor-in-possession, um tipo especial de crédito para empresas em dificuldades financeiras, que tem senioridade sobre todas as outras dívidas, ações e títulos emitidos pela companhia.
Segundo as fontes ouvidas pela Dow Jones, a OGX continua estudando a possibilidade de buscar proteção judicial no futuro próximo. Entretanto, um pedido de proteção sob a lei de falências não deve ocorrer antes de 20 de outubro. A empresa não quis comentar o assunto. Fonte: Dow Jones Newswires.

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