Alumínio busca equilíbrio financeiro


Na data em que comemora aniversário, município tenta reequilibrar contas públicas, mas prevê dificuldades


César Santana
cesar.santana@jcruzeiro.com.br 

programa de estágio 

O município de Alumínio comemora hoje seu aniversário de 21 anos de emancipação visando, antes de mais nada, retomar a estabilidade econômica. Essa é a principal meta do prefeito José Aparecida Tisêo (PSDB), que está à frente da Prefeitura pela quarta vez (ele foi o primeiro prefeito da cidade no início da década de 1990 e voltou a governar entre 2000 e 2008, antes do mandato atual) e prevê dificuldades para 2014 em virtude do baixo orçamento estimado, o que na visão do chefe do Executivo, dificulta alçar voos mais altos por enquanto. Apesar disso, uma boa novidade está prevista já para a segunda quinzena deste mês, com a redução do valor da tarifa de ônibus em mais de 30%, passando de R$ 2,90 para R$ 2. 

A expectativa da administração é de que um maior equilíbrio financeiro possa se tornar realidade a partir de 2015, mas para isso, será necessário contornar os empecilhos que fizeram o orçamento da cidade cair dos R$ 60 milhões anuais para a faixa dos R$ 40 milhões, creditados pelo Executivo principalmente a problemas fiscais relacionados à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa que praticamente deu origem ao município e se mantém como polo absoluto na geração de empregos aos aluminenses e até mesmo para outras cidades da região. 

Embora as dificuldades financeiras motivem projeções modestas para Alumínio, Tisêo reconhece que alguns setores públicos merecem maior atenção por parte da administração. Por conta disso, o prefeito já determinou quais serão as prioridades de investimento do Executivo municipal. "Por conta dessas dificuldades não temos nenhuma expectativa grande, mas iremos procurar atender melhor aos setores prioritários para o município que são saúde, educação e o transporte", revela. 

O transporte público, aliás, que está recebendo o mais novo investimento com a redução da passagem, segue o exemplo da cidade vizinha, Mairinque, que há um ano promoveu a mesma redução. Isso se fez possível, de acordo com o diretor de governo de Alumínio, Valdir Tisêo, por um reforço no subsídio à empresa responsável pelo serviço na cidade. "Fizemos algumas contas durante o exercício de 2013 e por mais que a receita esteja complicada, conseguimos separar um valor que permite custear esse subsídio", explica. Ainda de acordo com ele, outros benefícios serão oferecidos, como o aumento da frota da cidade, que passará de 16 para 21 ônibus e consequentemente, o aumento no número de viagens diárias, passando de 120 para 170. Já na educação, a meta é dar início ainda este ano à construção de uma creche para atender o déficit de atendimento, que atualmente é de cerca de 130 crianças. 

Outra meta que Alumínio busca atingir em breve é o fortalecimento no setor industrial - que hoje vive basicamente da CBA - a fim de atrair novas empresas. Nesse sentido, a intenção do Executivo é construir um novo parque industrial, o que, no entanto, não deve desvincular a imagem do município à da maior produtora do metal na América Latina. "Se o município de Alumínio existe é porque a CBA existe dentro da cidade", diz, referindo-se a importância da fábrica para o processo de emancipação de Alumínio no início da década de 1990. 

José Tisêo projeta um 2015 com maior tranquilidade para os cofres públicos de Alumínio e isso deve se refletir também em benefícios para o servidor. Há um ano, a cidade enfrentou problemas com uma greve por parte dos professores da rede pública pela falta de pagamento de abono salarial, mas o prefeito garante ter por objetivo dar melhores condições. "Se a Prefeitura não tem orçamento para melhorar os salários dos funcionários, eles terão de ter um pouco mais de paciência. Mas em 2015, com certeza passaremos a fazer um atendimento melhor no que diz respeito a essa questão", garante. (Supervisão: Armando Rucci Filho)

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