Estudo avalia situação de rios na região de Sorocaba

Levantamento avaliou águas dos rios Sorocaba, Jundiaí e Tietê.

Algumas melhorias já foram identificadas, mas ainda há trabalho.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí
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Algumas melhorias já foram identificadas, mas ainda há trabalho (Foto: Reprodução/TV TEM)Ainda há diversas garrafas pets às margens do rio Sorocaba (Foto: Reprodução/TV TEM)
Um estudo coordenado pela fundação SOS Mata Atlântica mediu a qualidade da água de 96 rios, córregos e lagos de sete estados brasileiros. Entre eles, está o rio Sorocaba e, de acordo com o levantamento, algumas melhorias já foram identificadas como, resultado do tratamento do esgoto e a presença de várias espécies de animais.
O rio Sorocaba tem 260 quilômetros e é o principal e maior afluente da margem esquerda do rio Tietê, que nasce em Ibiúna (SP) e termina em Laranjal Paulista (SP).  A parte do rio que corta o município de Sorocaba (SP) tem quase 38 quilômetros de extensão e, em alguns trechos, como na ponte da Avenida Itavuvu apenas 500 m. No local é possível ver isopor, colchão, bolas e até um capacete, além de muitas garrafas pet.
Situações semelhantes como poluição ambiental e visual foram encontradas um pouco para baixo do Parque São Bento e ainda no sentido da cidade de Iperó. “Alguns moradores abrem a janela de casa e jogam lixos. É quando a enxurrada leva esse tipo de material para o rio, fica esse monte acumulado”, comenta o presidente da ONG Caturro Navegante, Pedro Luiz Almenara.
No entanto, apesar da sujeira, Pedro, que navega pelo rio Sorocaba desde 2006, diz que de lá para cá muita coisa mudou. “Nós percebemos que aquele cheiro ruim que o rio tinha sumiu e a cor da água também melhorou”, ressalta. De acordo com o biólogo Welber Smith, que estuda o rio há 21 anos, a avaliação hoje é positiva. O esgoto já está sendo tratado e o resultado pode ser observado com a presença de animais.
Em um estudo da prefeitura de Sorocaba em parceria com universidades da cidade, foram registradas, só no trecho urbano por onde passa o rio, aproximadamente 70 espécies de aves, 30 de mamíferos, 30 de répteis e 65 de peixes. “Nós estamos encontrando espécies que são indicadoras da boa qualidade do rio como aves e peixes mais sensíveis. Ou seja, eles necessitam de maior concentração de oxigênio e alimentos específicos”, diz Welber.
Conforme dados da pesquisa, entre os rios analisados estão os rios Sorocaba, Tietê e Jundiaí e a avaliação ficou entre ruim e regular. Apenas uma mediação, no rio Sorocaba, em um trecho de Votorantim, foi considerada boa. “De toda a análise da bacia do médio Tietê e Sorocaba, 70% da poluição é causada pela falta de tratamento de esgoto doméstico, 10% é proveniente de despejos irregulares de indústrias e o resto é o comportamento da população”, afirma a coordenadora do programa Rede de Águas do SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro.
No rio Tietê, o estudo apontou que os trechos que passam por Itu, Porto Feliz e Salto estão em situação regular. O rio Jundiaí teve a mesma avaliação, no trecho que passa na cidade, e também em Várzea Paulista. Nenhum dos pontos analisados em toda a pesquisa recebeu avaliação ótima.
Algumas melhorias já foram identificadas, mas ainda há trabalho (Foto: Reprodução/TV TEM)Algumas melhorias já foram identificadas, mas ainda há trabalho (Foto: Reprodução/TV TEM)

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