'Não estamos prontos', diz secretário-geral da Fifa sobre a Copa no Brasil

Jérôme Valcke admite que os estádios de Porto Alegre e São Paulo ainda precisam ser concluídos


Jamil Chade - Correspondente - O Estado de S. Paulo
GENEBRA - Faltando poucas semanas para a Copa, a Fifa admite: o Brasil "não está totalmente pronto". Em declarações na África do Sul, na quarta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, admitiu que dois estádios não estão prontos: Porto Alegre e São Paulo.
"Se você quer que eu resuma, não estamos prontos. Temos dois estádios onde precisamos trabalhar", disse.
"Em Porto Alegre, um acordo foi feito entre as diferentes partes para garantir que as instalações temporárias sejam financiadas, então agora é mais a implementação dessas decisões", afirmou o secretário-geral da Fifa.
"Em São Paulo é triste porque um trabalhador morreu há poucos dias e o resultado é que o trabalho foi interrompido dentro do estádio, onde muitas coisas precisam ser feitas", completou Valcke. Em Zurique, a Fifa se recusa a dar uma data para a inauguração do estádio e apenas cita "meados de maio" para os primeiros testes.
Ao Estado, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, deu outra avaliação. "O Itaquerão está pronto. O que falta é apenas algumas coisas de acabamento", disse. Segundo ele, não há qualquer possibilidade de retirar a abertura da Copa de São Paulo.
Valcke também admite que não há como adiar mais nada. "Não há como adiar o jogo de abertura. Temos um calendário e ele vai até o dia 13 de julho. Portanto, não há como ter atrasos", disse.
"Talvez teremos coisas que não estarão totalmente prontas no começo da Copa. Mas o mais importante para os 32 times são os CTs e campos e isso estará lá para garantir que teremos futebol", explicou.
Outro alerta de Valcke se refere à parte de tecnologia. "Precisamos ter certeza de que teremos todos os sistemas de telecomunicação implementados para a imprensa, todas as estruturas necessárias para passar de um estádio normal para um estádio de Copa", disse. "Não temos escolha. Temos de garantir que se não temos tudo a 100%, teremos 99,99% e é nisso que estamos trabalhando", completou. 

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