Um grupo de
600 pessoas ocuparam as 152 casas do Conjunto Habitacional Lago dos Patos em
nossa cidade, na madrugada deste sábado.
Em visita
ao local nesta manhã pudemos observar os ocupantes efetuando alguns reparos
principalmente nos telhados, já que o local havia sido depredado no final do
ano passado com a retirada de portas, janelas, quadro de luz, telhas e outros
materiais que faziam parte da construção.
Segundo
informações obtidas poucas pessoas que faziam parte do cadastro inicial
realizado pelo Cras estão entre os novos “moradores”. Também constatamos que nem todos residem no
município de São Roque.
O Prefeito
Daniel de Oliveira Costa esteve no local pela manhã e se reunião com uma
comissão dos invasores e prometeu uma solução até quarta-feira, inclusive um
dos líderes do movimento havia deixado o local para comprar um caderno com
objetivo de cadastrar as pessoas e entregar o cadastro ao Cras.
Segundo informações da assessoria de imprensa da
prefeitura do município ao site da TVv Tem, a obra das residências foi
interrompida em 2013 e seria retomada em breve, após a aprovação de um novo
projeto pela câmara. O grupo utilizou a área verde nos fundos do residencial e
as ruas ao redor para entrar.
A Guarda Civil Municipal recebeu denúncias anônimas
de que havia dezenas de pessoas invadindo um conjunto habitacional do bairro
Paisagem Colonial no começo da madrugada. Apesar de ter enviado várias
viaturas, os GCMs não conseguiram conter a invasão, pois as pessoas chegavam de
várias partes. Algumas famílias chegaram a trazer mudança. A Polícia Militar
também esteve no local.
O Conjunto Habitacional Lago dos Patos começou a
ser construído em pelo programa PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do
Governo Federal. Segundo a prefeitura, o investimento foi superior a R$ 6
milhões. Em 2013 a empresa vencedora da licitação abandonou a obra, após ter
gasto o equivalente a R$ 5 milhões, deixando a construção pela metade.
Pouco antes disso, as 152 casas populares já tinham
sido sorteadas e as famílias já tinham as chaves do imóvel.
O poder público estuda a possibilidade de entrar com o processo de reintegração
de posse na área invadida para que as obras sejam retomadas assim que o projeto
for aprovado. As famílias que foram beneficiadas com as casas fazem parte do
grupo prioritário do município, ou seja, pessoas que vivem em situação de
risco, barracos ou em outras áreas irregulares.
Os erros estruturais do projeto foram denunciados
por este jornal em 2012, mas ninguém tomou providencia, naquela época já
apontávamos que as casas não tinham a mínima privacidade, que um estreito
corredor separava uma da outra, impedindo que os moradores sequer tivessem o
direito de estender suas roupas. Outro problema que denunciamos à época foi à
falta de vedação das paredes das casas, já que elas foram construídas em
declive.
O clima no local é de tranquilidade e uma viatura
da Guarda Municipal faz a segurança do local.
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