Turbinas do avião de Campos serão periciadas em laboratório de Sorocaba

Empresa especializada fará os laudos ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos


Rosimeire Silva
rosimeire.silva@ jcruzeiro.com.br

As turbinas do avião Cessna Citation 560 XL, que caiu na quarta-feira passada na cidade de Santos, provocando a morte do ex-candidato à presidente da República Eduardo Campos (PSC) e mais seis pessoas, serão periciadas por um laboratório especializado, que funciona em Sorocaba. De acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, as peças foram encaminhadas anteontem à unidade e não tem prazo para o conclusão dos trabalhos. A Aeronáutica não informou o nome do laboratório, com a justificativa de evitar especulações.

O procedimento, segundo órgão, apontará a situação da peça no momento da ocorrência, ou seja, se estava em perfeito funcionamento ou se houve uma falha que poderia ter provocado a queda do avião. As demais partes da aeronave recolhidas do local do acidente estão sendo periciadas em diferentes laboratórios especializados. Segundo a Aeronáutica, todos os laudos serão enviados ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que realiza uma análise integrada de todas as informações para que apuração da causa que levou à queda do avião.

A análise técnica e laboratorial das turbinas do avião será determinante para dizer se houve a explosão da aeronave antes da queda, conforme relatada por algumas testemunhas. Durante a perícia, os técnicos tentarão checar se elas falharam, qual o giro que apresentavam e se houve mudança brusca de temperatura, que são informações que poderão ser considerados conclusivas sobre uma possível explosão.

A investigação sobre o acidente vem sendo conduzidas pelos técnicos do Cenipa e da empresa fabricante da aeronave, Cessna Aircraft Company, juntamente com uma equipe da National Transportation Safety Board (NTSB), autoridade norte-americana responsável por investigar acidentes aéreos, que teve que ter acionada porque o acidente envolveu uma aeronave fabricada naquele país, conforme estabelece a Organização Internacional da Aviação Civil. Ainda não foi divulgada nenhuma possível causa.

O acidente

No dia 13 de agosto, por volta das 10h, o avião que transportava o candidato e mais seis pessoas - Alexandre Severo Silva, fotógrafo; Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor; Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto; Marcos Martins, piloto; Pedro Valadares Neto - assessor, e Marcelo de Oliveira Lyra - cinegrafista - caiu eu um bairro residencial de Santos. O avião havia decolado do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, onde o candidato era esperado para um compromisso de campanha.
Quando se preparava para o pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. O gravador de voz do avião acidentado não registrou o áudio da cabine do voo que transportava Eduardo Campos. As causas técnicas da falha do gravador ainda não foram esclarecidas pela Força Aérea Brasileira.

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