Mãe de atirador diz que filho se queixava de resultados de cirurgia

Informação reforça a hipótese de que Daniel Edmans Forti teria baleado o médico Anuar Ibrahim Mitre por vingança



SÃO PAULO - A mãe do ex-médico Daniel Edmans Forti, que atirou no urologista do Sírio-Libanês Anuar Ibrahim Mitre e se matou em seguida na segunda-feira, confirmou à Polícia Civil nesta quarta-feira, 17, que o filho se queixava dos resultados da cirurgia na uretra feita pelo especialista. A informação reforça a hipótese de que o atirador teria agido por vingança.
Em depoimento, a mãe disse que o filho sofreu um acidente de moto em 2012 no Rio e que veio para São Paulo para tratar os problemas na uretra. Ele chegou a passar por uma cirurgia com outro especialista, mas o procedimento não teve êxito, fazendo com que Forti procurasse Mitre.
A mulher contou que Mitre operou Forti em 2013, e que, após a cirurgia, o paciente passou a apresentar dores e dificuldade de andar. O filho reclamava que havia desenvolvido impotência sexual após a operação e que “isso reduziu sua autoestima”. Ele também costumava dizer que “não havia sido esclarecido pelo médico sobre as consequências da cirurgia”.
Apesar das queixas de Forti, a mãe contou que ele nunca demonstrou que faria algo contra seu médico. Ela disse ainda que não sabia que o filho tinha porte de arma, mas que seu marido, já morto, possuía um revólver, que pode ter sido transferido para o nome de Forti.
Na cena do crime, foram achadas um revólver, uma pistola e uma faca. A perícia também encontrou um RG falso, com a foto e o nome de Forti, mas com número de identidade de outra pessoa. A informação ainda está sendo analisada pela polícia. O Sírio-Libanês não divulgou novo boletim médico sobre Mitre. Na terça-feira, ele estava na UTI e seu quadro era estável.

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