Serial killer acusado de decapitar vítimas teve infância normal

Moradores da Rua Palestina, em Mogi, onde criminoso morava com os pais e o irmão, estão espantados com a violência dos crimes.
Filho de um pedreiro e de uma ajudante-geral, o segurança Jonathan Lopes de Santana, de 23 anos, teve uma infância normal, segundo os vizinhos.
Nesta quinta-feira, 4, os moradores da Rua Palestina, onde o criminoso morava com os pais e o irmão, estavam espantados com a violência dos crimes que ele cometeu usando uma machadinha e um facão.
“No domingo, eu estava sentado na calçada com os amigos, tocando violão, e ele passou cumprimentando”, afirmou o operador de máquina Danilo Malaquias, de 30 anos, vizinho de Santana.
“Ele teve um infância normal. Eu lembro que ele ajudou a construir o campinho onde jogávamos bola.”
Há três semanas, Santana foi chamado por moradores para subir em um poste da rua e salvar uma coruja que ficou presa em um fio de alta tensão.
Na mesma época, ele e o irmão reformaram a calçada e a fachada da residência da família.
Santana gostava de animais e ajudava os pais a cuidar de uma criação de galinhas no fundo da casa.
O aposentado Jonas Versolino da Silva, de 86 anos, que mora ao lado da casa do segurança, tinha a ajuda do criminoso nas rotinas do dia. “Ele subia as escadas com meu filho no colo, ajudava a colocá-lo na ambulância”, contou Silva, pai de um homem de 56 anos que não pode andar e era carregado por Santana quando precisava ir ao hospital.
Para outros vizinhos, o segurança era praticamente um estranho. “Eu o via passando com o irmão, sempre. Ele me parecia ser uma pessoa do bem. Minhas filhas pegavam ônibus com ele”, afirmou uma comerciante de 46 anos da Rua Palestina que preferiu não se identificar. 

Postar um comentário

0 Comentários