Aluno que negar mudança de escola vai perder transporte

William Cardoso

do Agora
Os pais que recusarem a mudança dos filhos para escolas mais próximas de casa serão surpreendidos neste início de ano com a perda do transporte escolar gratuito (TEG) da Prefeitura de São Paulo.
A medida tem causado transtornos a famílias que não querem que as crianças percam vínculo com colegas e professores e que, por causa disso, terão que arcar com as despesas da condução.
Segundo a prefeitura, crianças que moram a mais de 2 km da escola onde estudam têm direito ao transporte gratuito.
A Secretaria Municipal da Educação publicou ontem portaria que reforça a intenção de excluir do programa "Vai e Volta" filhos com pais que não aceitam a mudança para uma escola mais próxima.
A doméstica Edileusa Santos Martins, 28 anos, mãe de Kaellen, 5 anos, diz que participou de uma reunião na escola Virgílio Távora, na Pedreira (zona sul), em que foi informada que o TEG seria suspenso.
"Vou ter que pagar agora. Trabalho e não tenho como andar para levá-la até lá. Com certeza, vai pesar no orçamento de casa. É uma situação muito ruim, um descaso com a gente. Tinham que dar um motivo aceitável", afirma.
Resposta
A Secretaria Municipal de Educação afirma que critérios e regras do Programa de Transporte Escolar Municipal Gratuito (Vai e Volta) permanecem os mesmos para o ano letivo de 2015.
Segundo a pasta, são oferecidas vagas perto de casa e para isso está em curso o "plano de obras" para construir novas escolas.
"Estudar longe de casa significa que o aluno enfrentará grandes deslocamentos e trânsito, com várias paradas no caminho", diz.

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