Moradores da mesma rua da zona norte têm falta de água diferente

William Cardoso

do Agora
Moradores da mesma rua podem sofrer de maneiras diferentes com a falta de água na capital.
As casas são próximas, mas estão separadas por alguns metros de altitude fundamentais para definir quem recebe mais ou menos água em tempos de redução de pressão.
Abastecida pelo Cantareira, a zona norte é a que mais sofre com problemas de pressão e tem muitas ruas íngremes.
Na rua Soldado José Fernandes, no Jardim Japão, 14 m de altura diferenciam quem sempre recebe água de quem vê a torneira mais seca.
Na parte alta da rua, a corretora Vera Lúcia Ramos, 52 anos, vê a água acabar todos os dias a partir da 13h e voltar na manhã do dia seguinte.
No último dia 28, porém, foi surpreendida por um racionamento ainda mais drástico.
"Abriram às 11h. Ao meio-dia, já não tinha mais nada."
No "pé" da rua, não chega a faltar água.
"À tarde, por volta das 18h, ela fica bem fraquinha, mas nunca chegou a faltar, não. Até agora, nós não tivemos esse problema", diz a pensionista Hilda Nunes de França, 80 anos, que mora na Bahia e passa temporada na casa da filha.
Resposta
A Sabesp afirma, em nota, que "monitora pontualmente os casos em que os clientes reclamam de falta de água e estão há mais de um dia com intermitência de abastecimento".
Segundo a companhia, em todos os casos citados é encaminhada uma equipe aos locais para verificar e monitorar a pressão da água.
"As ruas mencionadas estão em área de redução de pressão, medida intensificada em toda a região metropolitana de São Paulo como forma de combater perdas e vazamentos da rede", diz.
"Nessas situações, imóveis em locais mais altos e distantes dos reservatórios podem levar mais tempo a restabelecer o fornecimento de água", completa a companhia.

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