Caixa abre investigação interna para apurar suspeitas da Lava Jato

PF prende operador de fraude em crédito imobiliário na Caixa: Agência da Caixa Econômica Federal, no Rio© Fornecido por Estadão Agência da Caixa Econômica Federal, no Rio
Brasília - A Caixa Econômica Federal informou nesta sexta-feira, 10, que abrirá apuração interna para averiguar os fatos revelados nesta manhã pela Polícia Federal na 11ª fase da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobrás. Nessa nova fase, a Polícia Federal apura crimes envolvendo contratos de publicidade do banco estatal e do Ministério da Saúde.
"A Caixa reitera que vai colaborar integralmente com as investigações e informa que encaminhará imediatamente todos os contratos relacionados às empresas citadas à Controladoria-Geral da União, à Polícia Federal e ao Ministério Público", afirmou, em nota, o banco estatal. 
Há suspeita de que a agência de publicidade Borghi Lowe tenha pago propina aos irmãos Vargas para obter vantagens em contratos da Caixa e outros órgãos públicos. Os repasses teriam sido feitos a duas empresas controladas pelos Vargas, a LSI e a Limiar.
Segundo a PF, os contratos de 2010 a 2014 da Borghi Lowe, de Ricardo Hoffmann - preso nesta sexta - com a Caixa estão sendo investigados. Hoffmann é considerado uma espécie de operador do esquema de repasse de propina a agentes públicos. A PF identificou “padrão semelhante” com o esquema do mensalão envolvendo agências de publicidade ligadas ao ex-deputado. As agências subcontratavam produtoras do ex-petista. O bônus de 10% que deveria ser direcionado pelas produtoras para as agências acabava pulverizado em propinas para políticos
As investigações apontam que, para a realização dos comerciais da Caixa, eram contratadas empresas terceirizadas, como as de filmagem. As subcontratadas repassavam 10% do valor para as duas empresas de Vargas

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