Mãe acusada de matar filho autista com veneno é presa

Em Fortaleza, um crime chocou a população pela crueldade. Nesta sexta-feira (8), foi presa a mãe acusada de matar o filho autista com veneno no sorvete. De acordo com a polícia, ela também tentou matar o marido que sobreviveu.
O G1 noticiou que a mãe responde pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, os dois triplamente qualificados e pode pegar até 30 anos de prisão.
Segundo informações, a professora de educação física Cristiane Renata Coelho se entregou à polícia depois de ter a prisão preventiva decretada. Ela é acusada de envenenar o próprio filho Lewdo, de nove anos, que sofria de autismo, com chumbinho - um veneno de venda proibida muito usado para matar ratos.
Cristiane também responde por tentar matar, com o mesmo veneno, o marido: o subtenente do Exército, Francileudo Bezerra. Logo depois do crime, ele era o suspeito. O militar chegou a ter a prisão decretada.
No entanto, a polícia descobriu que uma mensagem suicida, publicada na página do marido em uma rede social, dizia que militar teria matado o filho, esta havia sido alterada enquanto Francileudo estava em coma. Após o ocorrido, Cristiane passou a ser a suspeita do crime. O inquérito foi concluído quando a perícia descobriu que ela teria feito pesquisas na internet sobre chumbinho no dia do crime. "O laudo realmente afirma que quem matou o menino Lewdo foi a Cristiane, a própria mãe, e também quem envenenou o pai, Francileudo Bezerra, foi também a mãe", fala o delegado Wilder Brito ao G1.
Antes de ser presa, Cristiane perdeu a guarda do outro filho do casal, que voltou para o pai. "Ele quando me viu já tomou aquele susto e correu, me agarrou. Eu sei que ele vai sentir falta do irmão porque os dois eram muito juntos, muito colados", explica Francileudo Bezerra. Há duas semanas, o subtenente deu entrada no pedido de divórcio.
A esposa, Cristiane, responde pelo homicídio do filho e pela tentativa de homicídio do marido. Os dois crimes triplamente qualificados: um agravante por terem sido cometidos de maneira cruel e sem chance de defesa das vítimas. Cristiane pode ser condenada a até 30 anos de prisão. Por ter nível superior, ela está em uma cela especial na delegacia de inteligência em Fortaleza e deve ser encaminhada ao presídio na semana que vem.

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