Manobra golpista: Comissão passa por cima da lei e da sociedade e Congresso vota LDO que já congela em 2017 gastos sociais

23 de agosto de 2016 às 17h39

  
LDO
Votação apressada do PLDO 2017 desrespeita sociedade brasileira
Dezenas de organizações da sociedade civil e movimentos sociais protocolaram requerimento contra omissão durante tramitação do projeto e pedem seu retorno à Comissão Mista de Orçamento do Congresso
Tudo pronto para a votação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2017 hoje no Congresso Nacional. O projeto é importante para orientar a elaboração dos orçamentos fiscais e de seguridade social, e de investimento do Poder Público.
Mas temos um grave problema na votação de hoje: o PLDO 2017 teve uma tramitação apressada na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e muito pouca transparência. Para organizações da sociedade civil e movimentos sociais, a tramitação do projeto não respeitou os princípios constitucionais e legais de transparência e participação social obrigatórios quando leis orçamentárias são apreciadas no Congresso.
“Esperamos que os parlamentares decidam por corrigir a tramitação do PLDO, retornando-o à Comissão Mista de Orçamento (CMO) para que seja garantido o direito da sociedade brasileira participar da elaboração das diretrizes do orçamento que irá ditar todas as prioridades que o Estado deve ter”, afirma Grazielle David, assessora política do Inesc, que protocolou na segunda-feira (23/8), em parceria com dezenas de outras organizações da sociedade civil e movimentos sociais, um requerimento contra a omissão durante a tramitação do PLDO 2017 na CMO.
O projeto que deve ser votado hoje pelos parlamentares ainda incorpora em seu artigo terceiro a lógica da PEC 241, que estabelece teto para despesas sociais e gastos públicos.
Assinam a representação contra omissão durante a tramitação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – PLDO 2017 na Comissão Mista de Orçamento as seguintes organizações e movimentos sociais:
Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
Aliança de Controle do Tabagismo, Promoção da Saúde e dos Direitos Humanos – ACT
Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB
Articulação de Mulheres do Amapá – AMA
Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz – ASFOC
Associação Brasileira de Economia da Saúde – ABrES
Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO
Associação Guardiões da Rainha das Águas
Associação Paulista de Saúde Pública – APSP
Centro Brasileiro de Estudos em Saúde – CEBES
Centro Feminista de Estudos e Assessoria –  CFEMEA
Coletivo de Mulheres do Calafate – BA
Coletivo Leila Diniz
Coletivo Megeras – GO
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC
Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – FASE – Amazônia
Federação Nacional dos Servidores dos Ministérios Públicos Estaduais – FENASEMPE
Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social – FENASPS
Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados – FENAJUD
Fórum da Amazônia Oriental – FAOR
Fórum da Cidadania de Santos
Fórum de Mulheres: da Amazônia Paraense; de Goiás; de Pernambuco; do Ceará; do Distrito Federal; do Espírito Santo; do Piauí; do Rio Grande do Norte; de Manaus
Grupo de Mulheres Brasileiras – GMB
Instituto de Direito Sanitário – IDISA
Instituto de Justiça Fiscal – IJF
Instituto Pólis
Internacional do Serviço Público – ISP
Instituto Universidade Popular – UNIPOP
Iser Assesssoria
Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia – MAMA
Movimento Moralidade Pública e Cidadania – ONG Moral
Núcleo de Mulheres de Roraima – NUMUR
Observatório Social de Brasília
Rede Panapanã – Mulheres do Noroeste Paulista
Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil – SindiReceita
Sociedade Brasileira de Bioética – SBB
União de Mulheres de São Paulo
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