247 - Os termos do acordo de leniência firmado pela Odebrecht devem revelar o total de propinas, caixa 2 e doações oficiais feitos pelo grupo nos últimos 16 anos. O período envolve as últimas quatro eleições presidenciais e de governadores, além das últimas cinco eleições municipais.
O acordo de leniência entre a construtora e a Justiça Federal foi firmado nesta sexta-feira 20. Apesar de ter sido homologado pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público, o documento ainda precisa ser homologado pelo juiz federal Sérgio Moro.
Segundo as investigações da Operação Lava Jato, os desvios em contratos de obras e serviços da Petrobras chegaram a mais de R$ 40 bilhões entre os anos de 2004 e 2014. As empreiteiras envolvidas no esquema teria atuado em conjunto com os maiores partidos políticos do Brasil, o que teria resultado no enriquecimento ilícito e no financiamento de irregular de partidos e campanhas políticas.
No acordo, a empreiteira assumiu o compromisso de cumprir 22 pontos estabelecidos pelo Ministério Público para conseguir os benefícios de colaborador, além de confessar participação em fraudes contratuais, lavagem de dinheiro e pagamento de propinas, aponta
reportagem do Estado de S.Paulo. O presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, está preso em Curitiba desde junho de 2015 e deverá ser solto no final deste ano em função do acordo.
O acordo de leniência prevê, ainda, o pagamento de R$ 3,28 bilhões pela Odebrecht como forma de compensar os danos materiais e imateriais causados pelos crimes praticados em contratos públicos. O valor será rateado entre Brasil, Estados Unidos e Suíça, países que integram o acordo de leniência, numa parcela de 80%, 10% e 10% para cada país, respectivamente.
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