Mulheres de PMs fazem ato simbólico em frente a batalhão em Guarulhos


Grupo protestava por melhores salários e condições de trabalhos para os maridos.

Mulheres de policiais fizeram ato em frente a batalhão da PM em Guarulhos (Foto: Kleber Tomaz/G1)Mulheres de policiais fizeram ato em frente a batalhão da PM em Guarulhos (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Mulheres de policiais fizeram ato em frente a batalhão da PM em Guarulhos (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Mulheres de policiais militares realizaram um ato simbólico em frente a um batalhão da Polícia Militar em Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira (15). Elas pediam melhores salários e condições de trabalho aos maridos.
O grupo, de quatro mulheres, se reuniu em frente ao 15º Batalhão da corporação, na Rua Humberto de Campos, logo no começo da manhã. Com faixa e cartazes, as mulheres apresentaram uma pauta com 16 reivindicações. Entre elas, o reajuste salarial e o fim do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (RDPM), que permite até a prisão dos policiais em casos de falta ao serviço.
"Nós estamos aqui pra reivindicar os diretos dos policiais militares do Estado de São Paulo. Hoje eles se encontram desmoralizados perante a sociedade e sem apoio de qualquer um. A polícia hoje acabou perdendo força porque não tem o apoio de seus próprios oficiais e do governador", afirmou Vanessa Ferreira, uma das mulheres presentes.
O advogado Marcos Manteiga acompanhou o ato. Ele defende policiais militares e disse ter sido chamado pelas mulheres dos agentes. "Estou dando uma acessoria jurídica a elas". O grupo, que se intitula 'Polícia Militar SP Paralização Já!', estava convocando outras mulheres pelo Facebook.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informa que "sempre se manteve aberta ao diálogo com a categoria sobre as reivindicações salariais das polícias paulistas". O texto ainda alega que o Estado obedece aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
"Cabe destacar que desde 2011, os salários da PM foram reajustados em 47,5%. São Paulo foi ainda pioneiro em iniciativas como a Dejem e a Atividade Delegada, que permitem aos policiais trabalharem em seus horários de folga para a própria corporação, reforçando assim os seus ganhos com toda a segurança."
Grupo levou cartazes em protesto contra baixos salários e regime disciplinar da PM (Foto: Kleber Tomaz/G1)Grupo levou cartazes em protesto contra baixos salários e regime disciplinar da PM (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Grupo levou cartazes em protesto contra baixos salários e regime disciplinar da PM (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Segundo a manifestante Meire Castro, a ideia de promover o ato surgiu após o protesto das mulheres de policiais do Espírito Santo. "O que elas fizeram foi um pontapé para que todos os outros estados, inclusive São Paulo, entrem nessa luta para defender a família policial militar que está denegrida. A polícia não tem mais poder de polícia", lamentou.
Diferentemente do ocorrido no Espírito Santo, elas, porém, não bloquearam a entrada e saída das viaturas policiais. No estado capixaba, as famílias dos PMs levantaram acampamento em frente a batalhões e impediam que os policiais saíssem para trabalhar. O protesto foi avalizado por muitos agentes e resultou em uma crise. Sem policiamento, o governo local registrou 143 mortes em apenas nove dias.
De acordo com as manifestantes paulistas, outras mulheres também realizaram atos em frente a batalhões da capital paulista na manhã desta quarta: no 4º Batalhão de Ações Especiais de Polícia, em São Miguel Paulista, na Zona Leste, e no 3º Batalhão da Polícia Militar da Força Tática, no Jabaquara, na Zona Sul.

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