Parentes de PMs protestam em frente à sede do governo de SP


Ato pacífico pedia melhores condições de trabalho dos agentes de segurança. Grupo se reuniu com secretário-adjunto da Casa Civil para apresentar reivindicações.

Famílias de PMs fazem protesto em frente ao Palácio dos Bandeirantes em São Paulo
Parentes de policiais militares protestaram em frente ao Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, por melhores condições de trabalho dos agentes de segurança do estado nesta quarta-feira (15). A manifestação não ocupou a via e foi pacífica.
A liderança dos manifestantes solicitou uma reunião com representante da Casa Civil do estado para apresentar reivindicações, entre elas a reposição salarial de 2014 a 2016.
Em nota, a assessoria de imprensa do governo afirma que o secretário-adjunto da Casa Civil, Fabrício Cobra, recebeu seis representantes da Comissão dos Direitos Humanos dos Policiais de São Paulo, que “explicou que as solicitações estão em análise nas áreas técnicas”.
Segundo o comunicado, “desde 2011, foram contratados 23.788 policiais militares, além de 3.278 novos profissionais que estão em formação e serão distribuídos para o Estado ao término dos cursos. Para a Polícia Civil, foram contratados 3.338 policiais e há 442 em curso na Acadepol. Para a SPTC, foram contratados 692 profissionais e 124 estão em formação”.
Os parentes se reuniram na terça com o secretário da Segurança, Mágino Alves. Segundo os manifestantes, a pasta concordou em aumentar o quadro dos médicos no hospital militar, custear advogados em casos de processos contra os agentes e a criação de um canal dentro da pasta para apresentar denúncias de abusos por parte de superiores.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirma que "sempre se manteve aberta ao diálogo com a categoria sobre as reivindicações salariais das polícias paulistas". O texto ainda alega que o Estado obedece aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
"Cabe destacar que desde 2011, os salários da PM foram reajustados em 47,5%. São Paulo foi ainda pioneiro em iniciativas como a Dejem e a Atividade Delegada, que permitem aos policiais trabalharem em seus horários de folga para a própria corporação, reforçando assim os seus ganhos com toda a segurança."

Protestos

Mais cedo, outro grupo de mulheres de policiais militares realizaram um ato simbólico em frente a um batalhão da PM em Guarulhos, na Grande São Paulo. Elas pediam melhores salários e condições de trabalho aos maridos.
O grupo se reuniu em frente ao 15º Batalhão da corporação, na Rua Humberto de Campos, logo no começo da manhã. Com faixa e cartazes, as mulheres apresentaram um pauta com 16 reivindicações. Entre elas, o reajuste salarial e o fim do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (RDPM), que permite até a prisão dos policiais em casos de falta ao serviço.


"Nós estamos aqui para reivindicar os diretos dos policiais militares do Estado de São Paulo. Hoje eles se encontram desmoralizados perante a sociedade e sem apoio de qualquer um. A polícia hoje acabou perdendo força porque não tem o apoio de seus próprios oficiais e do governador", afirmou Vanessa Ferreira, uma das mulheres presentes.

Postar um comentário

0 Comentários