Ato na Praça da Matriz, 18 de abril
Desde o dia
8 de abril, o Campus São Roque do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo (IFSP) paralisou parte substancial de suas atividades
regulares. Apenas alguns serviços essenciais estão em funcionamento.
O Campus
São Roque juntou-se as 500 unidades da Rede Federal de Educação Profissional,
Técnico e Tecnológica e Universidades Federais que, a partir de 11 de março, iniciaram
o movimento paredista para pressionar o governo federal a atender as pautas de
reivindicação. Os grevistas exigem do governo: 1. Recomposição do orçamento das
Universidades e Institutos Federais; 2. Reajuste salarial devido às perdas nos últimos
anos; 3. Reestruturação das carreiras; e 4. Revogação de medidas dos últimos
governos que prejudicam a Educação.
Depois de
muita pressão, o governo federal assinou o aumento no valor dos auxílios
alimentação, saúde e creche. Porém, a proposta de reajuste e reestruturação apresentada
no último dia 19 frustrou os servidores, que, durante a última semana, avaliou e a
rejeitou. Foram mais de 100 assembleias Brasil afora, nas quais
técnico-administrativos e docentes falaram não para a proposta e exigiram uma
nova rodada de negociação. Diante disso, a greve nas Instituições Federais de
Ensino continua.
Proposta do governo
No dia 19
de abril, o governo federal apresentou basicamente a mesma proposta para as
duas categorias, técnico-administrativos e docentes: 0% para 2024, 9% para
janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026. As mudanças na carreira sugeridas são
mínimas, não atendendo em quase nada as solicitações das entidades
representativas.
Os
grevistas exigem um reajuste salarial de 22,71% dividido em três parcelas
iguais de 7,06% (2024, 2025 e 2026) para docentes; e 34,32% dividido em três
parcelas iguais de 10,34% (2024, 2025 e 2026) para os técnico-administrativos,
além de alterações significativas nas duas carreiras, para estas tornarem-se
atrativas.
Recomposição do orçamento
Atualmente
os Institutos Federais possuem 40% a mais de estudantes do que em 2015, porém,
o orçamento é o mesmo daquele ano, inviabilizando o aumento de recursos
destinados à assistência estudantil, ao bandejão (pouquíssimos campi do IFSP
têm esse serviço), aos insumos para pesquisa e à manutenção da estrutura predial. Diante da pressão do movimento grevista, o governo federal sinalizou a
liberação emergencial de mais de 250 milhões de reais para Institutos e
Universidades Federais. Esse valor, porém, não cobre nem 5% das perdas dos
últimos anos. No dia 6 de maio, está agendada uma reunião para discutir essa e
outras pautas.
Atividades no Campus São Roque
Toda
semana, desde o início da greve, o Campus São Roque tem realizado atividades
diversas junto à comunidade interna, com destaque para as atividades
esportivas, culturais, pedagógicas, acadêmicas e ético-políticas. Também tem
promovido assembleias semanais, nas quais se discute o orçamento das
Instituições Federais de Ensino, as propostas do governo, a defesa da Educação pública, a programação da
semana e a continuação da greve.
Deseja-se
que nos próximos dias o governo federal sinalize positivamente com as
reivindicações e, assim, finde a greve e as atividades regulares voltem a
acontecer.
Comando Local de Greve – Campus São Roque do IFSP
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