Antigamente o rei governa e maneja os recursos do Estado
sem prestar contas ao povo. Com a Independência do Brasil e a instalação do
parlamento, o imperador tinha de prestar contas ao parlamento e os
representantes do povo poderiam discutir o parlamento. Uma nova etapa se abre,
recriando experiências já existentes nos Estados Unidos e na Inglaterra, em que
a população discute os recursos previstos do orçamento das cidades e acompanham
a sua execução pelas autoridades locais. Desta forma, o orçamento participativo
pretende ouvir as demandas da população, e com isto, permite um canal de
dialogo com a população, e também um processo educativo, visto que não há
recursos para atender todas as demandas e deve escolher haver
prioridades, além disto, a população envolvida é um importante aliado para
conseguir recursos do governo estadual ou federal para a realização destas
demandas populares
Ao permitir discutir o orçamento público se forma uma escola
de cidadão, que não apenas votam de quatro em quatro anos, mas
verdadeiramente discutem a cidade, apontam deficiências e soluções e enfim,
recuperam o sentido original da democracia, ou seja, o povo comandando a sua
cidade.
Em 2001 o PT de São Roque implantou o Orçamento
Participativo quando detinha a vice-prefeitura, no Governo Zito Garcia. Destinou-se R$ 600.000,00 do orçamento
municipal para a realização do OP. Foram
feitas reuniões em todos os bairros, com ampla participação popular para as
escolhas das prioridades de cada localidade.
A comunidade de nossa cidade nunca tinha respirado os ares de uma
experiência democrática dessa grandeza, pois ali sentiam a importância da força
popular. A reunião final foi realizada
na Brasital sob o comando do Vice-Prefeito à época Antonio Carlos Rodrigues, o
“Tuto”, com a presença do então Líder da bancada do PT na Câmara Federal,
Deputado João Paulo Cunha. Com o
auditório Gentil de Oliveira completamente lotado, os Delegados eleitos por
suas comunidade escolheram as prioridades que deveriam ser executadas pelo
Orçamento Participativo. Pena que logo
em seguida a coligação PMDB/PT rompeu e as obras acabaram não sendo realizadas. Mas de qualquer forma ficou o gosto da
experiência de uma gestão participativa e democrática.
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