Cidades mencionadas negam as acusações


Jornal Cruzeiro do Sul
Apesar da assistente social do Creas-Pop, Lúcia Aparecida de Souza Silva, e a secretária de Cidadania de Sorocaba, Maria José Lima, afirmarem que cidades da região estão mandando os trecheiros que passam por seu território para Sorocaba, contando, ainda, com confirmação dos próprios moradores de rua ouvidos pela reportagem, os municípios citados negam a acusação.

Marisa de Santis, assistente social do Creas de São Roque, afirma que essa denúncia dos trecheiros não condiz com o trabalho que é realizado na cidade, já que quando a equipe decide encaminhar um trecheiro para outra cidade, é feito um contato com a rede de assistência do local de destino, para esclarecer o encaminhamento. "Quando eles falam para onde querem ir, a gente entra em contato antes para ver a possibilidade. Nós não convencemos ninguém a ir até aí (Sorocaba)", explica. Ela diz que esse contato com a cidade é feito quando São Roque não possui verba para comprar uma passagem para o local requerido pelo morador de rua, e então eles procuram saber qual cidade poderia oferecer essa passagem.

A Prefeitura de Itu se manifestou por meio de nota, encaminhada por sua assessoria de imprensa, dizendo que as passagens são oferecidas após uma entrevista social, como forma de constatar a real necessidade da viagem. "Primando pelo trabalho de assistência e promoção social, os profissionais desta área que atuam pela administração municipal, de maneira nenhuma realizariam observação levantada pelo jornal na entrevista junto aos moradores, para que procurassem outras cidades, os encaminhando a estas, para que dali sigam seus destinos", finaliza a nota.

Já a Prefeitura de Itapetininga esclarece que não possui a prática de incentivar o "recâmbio" de trecheiros para outros municípios, além de não fornecer passagens para essas pessoas. "As passagens são fornecidas apenas para pessoas ou famílias que perderam emprego e desejam retornar para suas cidades de origem", afirma. A Prefeitura ainda informa que, como forma de organizar o fluxo migratório, planeja para 2012 um Encontro Regional, em que serão convidados os municípios da região para discutir essa perambulação dos moradores de rua.

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