Região metropolitana pode ter mais cidades


Comissão que prepara seminário para o dia 9 de agosto destacou que a região ainda pode ser incrementada

 Jornal Cruzeiro do Sul

Fernando Guimarães
fernando.guimaraes@jcruzeiro.com.br

Apesar de 22 municípios estarem incluídos na Região Metropolitana de Sorocaba, segundo pesquisa realizada pelo Núcleo de Planejamento Regional (Nuplan), antes de o projeto ser encaminhado ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), ele passará por uma definição do contorno, ou seja, será possível a outras cidades que se identifiquem com Sorocaba integrar essa região metropolitana. Este foi um dos assuntos tratados na reunião de ontem da comissão sobre a criação da Região Metropolitana de Sorocaba, ocorrida em um dos auditórios da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), mantenedora do jornal Cruzeiro do Sul. De acordo com o diretor presidente da Nuplan, Flaviano Agostinho de Lima, o estudo é uma decisão técnica e não política, por isso segue parâmetros previstos em lei para a instituição da região metropolitana. Sarapuí e São Miguel Arcanjo, que fazem divisa com Itapetininga, são um exemplo de municípios que poderão integrar a Região Metropolitana de Sorocaba.

Para que esses municípios tenham a oportunidade de participar da discussão, ficou definido um seminário para o próximo dia 9 de agosto, das 9h às 13h, no auditório externo da FUA, situado no Alto da Boa Vista. Denominado com o tema Desenvolvimento Regional: Conceitos, Desafios e Impactos no Contexto da Macrometrópole, o evento tem como objetivo discutir e dirimir dúvidas a respeito da região metropolitana. Segundo o presidente da diretoria executiva da FUA, Laelso Rodrigues, será a oportunidade para que todos os prefeitos das 22 cidades e de outras interessadas possam discutir ideias e definir a pauta que moldará o projeto a ser encaminhado ao governo estadual e posterior apreciação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). É desejo dos deputados da região, do prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), e do governador Alckmin a criação da Região Metropolitana de Sorocaba ainda este ano.

Entusiasmado com a movimentação apartidária em torno de um tema de importância para a região de Sorocaba, Laelso relembrou a década de 1960 quando ele, presidente da Comissão Municipal de Desenvolvimento Industrial (CMDI) de Sorocaba, junto a empresários e políticos da cidade, uniram forças para criar e desenvolver a Zona Industrial da cidade, logo após a emancipação político-administrativa de Votorantim, que levou consigo a maior parte das indústrias, principais geradoras de renda para o município. O desenvolvimento integrado é o principal foco de Laelso, pois acredita no crescimento de todas as cidades em áreas essenciais e afins entre os municípios, como saúde, educação, abastecimento, mobilidade urbana, resíduos sólidos, entre outros temas de interesse da sociedade.

Participaram do encontro de ontem a deputada federal Iara Bernardi (PT) e os deputados estaduais Carlos Cezar (PSB), Hamilton Pereira (PT) e Maria Lúcia (PSDB). Os deputados concordam com a Região Metropolitana de Sorocaba, porém, defendem que outros municípios não relacionados na região possam manifestar-se a respeito, assim, entendem que um seminário temático possa ajudar a definir o contorno dessa mancha urbana. Se houver a identidade do município com a região metropolitana, é possível, segundo os parlamentares, apresentar na Alesp o que eles denominam de Emenda Aglutinativa ao projeto executivo, incluindo tais cidades. Como exemplos de cidades que ficariam de fora dos 22 municípios, estão Tatuí e Pilar do Sul, que integrariam uma microrregião, além de Tapiraí. Antes se pensava nesta cidade fazer parte da Região Metropolitana do Vale do Ribeira, porém, uma serra separa o município dessa região, empurrando-o para mais próximo de Sorocaba, portanto foi integrado à Região Metropolitana de Sorocaba. Se esta região for instituída, será a 15ª no país, segundo dados da Nuplan.

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