São Paulo registra o quarto caso de arrastão em oito dias

Léo Arcoverde

do Agora
Com os roubos em alta há 15 meses, a capital vive uma onda de arrastões.
Antes restrita a locais como condomínios de alto padrão e restaurantes, a prática de roubar várias vítimas em uma mesma ação agora ocorre em quadras esportivas, pontos de ônibus e até trechos de avenidas congestionados.
Anteontem à noite, São Paulo registrou o quarto arrastão em oito dias.
O caso ocorreu na avenida Morumbi (zona oeste), por volta das 19h30.
As vítimas ocupavam carros parados no trânsito. Ao menos três mulheres tiveram pertences como bolsas, celulares, relógios e até um par de brincos de prata levados pelos ladrões.
Três dos quatro suspeitos pelo crime foram presos em flagrante.
Segundo duas dessas vítimas, os três homens detidos estavam armados quando as abordaram.
A polícia só apreendeu uma pistola de brinquedo com um deles.
Resposta
O comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital), coronel Glauco Silva de Carvalho, disse ter a impressão de que os problemas da alta dos roubos e da ocorrência de arrastões na cidade estão relacionados "com a queda dos indicadores econômicos no país", como o PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo ele, isso decorre do fato de uma "parcela diminuta" de jovens optar pelo crime por não conseguir emprego.
De acordo com o coronel, apesar de a PM não dispor de indicador específico que indique o crime de arrastão, "há a percepção de que eles têm crescido nos últimos meses".
Por causa disso, diz Carvalho, a Polícia Militar vai desenvolver ações especiais para coibir esse crime.
Segundo ele, a partir de hoje, 80 policiais vão atuar no Morumbi. A área vai receber ainda o reforço de cinco bases comunitárias e de equipes de várias unidades.

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