São Caetano vai fechar escola municipal para deficientes

Stephane Sena

do Agora
Em São Caetano do Sul (ABC), mães pedem que a prefeitura desista de fechar a Escola de Educação Básica da Fundação Municipal Anne Sullivan, que atende crianças com autismo, paralisia cerebral, surdocegueira, entre outras síndromes.
Segundo a diretora de assuntos regulatórios, Samira Divino, 40 anos, a escola é referência em atendimento a estudantes com necessidades especiais.
Ela tem um filho com autismo matriculado na unidade há três anos.
"Eu morava na cidade de São Paulo e só mudei para São Caetano porque essa foi a única escola que ofereceu suporte para o desenvolvimento do meu filho."
Samira diz que, no início deste mês, a prefeitura convocou os pais de alunos para uma reunião e avisou que o motivo do fechamento seria a adequação a uma lei que prevê a inclusão de crianças com necessidades especiais em escolas regulares.
Os pais fizeram um abaixo-assinado com mais de duas mil assinaturas contra o fechamento da escola.
A dona de casa Roseli de Almeida Morales, 51, conta que a "Anne Sullivan" é a única escola onde sua filha de nove anos, autista, apresentou evolução.
"Como vão dar um atendimento especial para elas em uma escola comum? Não posso aceitar qualquer escola que a prefeitura queira empurrar", diz.
Resposta
A Prefeitura de São Caetano do Sul afirmou por meio de nota que "por força da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, uma norma federal", a Delegacia Regional de Ensino determinou a "transferência dos alunos da Escola de Educação Básica Anne Sullivan para unidades de ensino regular a partir do ano letivo 2015".
Segundo a administração municipal, a Fundação Municipal Anne Sullivan manterá o atendimento às crianças com necessidades especiais por meio de oficinas.
A prefeitura disse que tem salas de inclusão em escolas de ensino fundamental e médio e professores capacitados.

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