Passageiros mudam rotina para escapar de vans lotadas

Felipe Amorim

do Agora
Moradores de bairros da periferia de São Paulo mudam sua rotina, para pior, só para escapar da superlotação nos micro-ônibus. Na capital, as cooperativas de transporte são responsáveis por três de cada quatro linhas superlotadas, segundo a SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal).
A função dos micro-ônibus é fazer a ligação entre ruas menores de bairros afastados do centro com terminais e grandes avenidas. Por isso, quem mora na periferia sofre mais com o aperto no transporte público.
Para evitar uma das linhas de micro-ônibus mais lotada da capital, a Jardim Ingá/Butantã, a auxiliar Juliana Leite, 28 anos, que mora na estrada do Campo Limpo (zona sul), diz que costuma pegar um ônibus que lhe deixa mais longe de casa na volta do trabalho. "O ônibus é mais vazio e passa um atrás do outro. O lotação demora demais", diz.
Do ponto onde desce, Juliana ainda tem que caminhar mais dez minutos ou pegar um segundo ônibus.
A linha que levaria a auxiliar diretamente para casa tem 6,9 passageiros por metro quadrado no horário de pico, quando o limite de conforto é de 6. Mesmo estando superlotada, na prática, a prefeitura só toma providências, como aumentar o número de carros na linha, quando o índice atinge 7 passageiros por m2.

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