PF abre inquérito sobre explosão da plataforma da Petrobrás

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do acidente no navio-plataforma Cidade de São Mateus, na Bacia do Espírito Santo, ocorrido na última quarta-feira, 11. As condutas investigadas inicialmente são homicídio e incêndio qualificado (por ter ocorrido em uma embarcação). Nesta sexta-feira, 13, uma equipe de peritos fará um sobrevoo para identificar os estragos e o ponto de onde começarão os trabalhos da PF.
A explosão na casa de bombas do navio-plataforma, operado pela BW Offshore e afretado pela Petrobrás, deixou cinco pessoas mortas (quatro brasileiros e um indiano) e 26 feridos, sete deles ainda internados em hospitais da Grande Vitória. Quatro tripulantes seguem desaparecidos, segundo o último balanço oficial divulgado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Nenhuma das vítimas ou dos desaparecidos teve o nome divulgado até o momento.
Pela manhã, uma equipe de especialistas da BW retornou à unidade para avaliar se as condições são suficientemente seguras para permitir a continuidade dos esforços de busca e resgate.
O prazo inicial para a conclusão do inquérito é de 30 dias, segundo a PF. O órgão, porém, não divulgou mais detalhes nem dará entrevistas, "a fim de não atrapalhar ou prejudicar eventuais levantamentos e perícias que deverão ser realizadas". Ao longo das investigações, outras condutas poderão ser apuradas caso haja indícios de outras irregularidades, informou o órgão.
O FPSO Cidade de São Mateus, que opera nos campos de Camarupim e Camarupim Norte, a cerca de 120 quilômetros da costa do Espírito Santo, sofreu uma explosão às 12h50 de quarta-feira, 11. As causas ainda estão sendo investigadas, mas sindicalistas falam em vazamento de gás. Havia 74 pessoas a bordo no momento do acidente. Após o ocorrido, a produção foi interrompida. O navio está conectado normalmente aos poços, mas a unidade foi desativada.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciou hoje uma paralisação nacional de 24 horas entre trabalhadores de plataformas de petróleo reivindicando maior segurança. Os trabalhadores suspenderam os serviços e plataformas, refinarias e poços terrestres. 

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