Hanuska Bertoia e Folha de S.Paulo

do Agora

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) entregou apenas duas em cada dez caixas-d'água das 25 mil prometidas a famílias de baixa renda sem reservatório em casa.

Elas estão entre as que mais sofrem as consequências do racionamento imposto por meio da redução de pressão na rede de abastecimento.

Há cinco meses, no auge da crise, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) anunciou que, até junho, entregaria 25 mil caixas, ao custo de R$ 125 cada uma.

À época, o governo tucano chegou a responsabilizar famílias sem caixa-d'água pelo desabastecimento diário que ocorre há meses em pontos da capital e da Grande São Paulo.

Agora, o prazo para a entrega das caixas foi prorrogado para até agosto.

Resposta

A Sabesp diz que atrasou o cronograma pela dificuldade de encontrar as famílias beneficiadas durante a semana.

"As famílias trabalham durante a semana. Então concentramos as entregas aos sábados", diz a gerente de relacionamento da Sabesp, Samanta Souza.

Em março, ao ser questionada sobre a dificuldade de os moradores instalarem as caixas, a empresa disse que os reservatórios podem ser colocados na parte superior ou inferior do imóvel.

A companhia afirmou ainda que seus técnicos orientam os consumidores sobre como fazer a instalação correta.

A empresa disse também que pode recolher a caixa se detectar o uso incorreto.