247 - A jornalista Helena Chagas afirmou nesta sexta-feira, 6, que o vice-presidente Michel Temer tem sido aconselhado a não nomear ministros investigados na operação Lava Jato, o que pode provocar um redesenho quase completo no seu quadro de ministeriáveis, considerando que o Senado aprove a abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff, afastando-a por 180 dias do cargo até o julgamento do mérito.
"A situação dos amigos mais próximos de Temer também parecia definida, com Romero Jucá no Planejamento, Eliseu Padilha na Casa Civil, Geddel Vieira Lima na articulação política e Henrique Eduardo Alves no Turismo. Nas últimas horas, porém, cresceu número dos que alertam Temer para pensar duas vezes antes de nomear investigados na Lava Jato – caso de Romero Jucá e Henrique Alves. Geddel foi mencionado colateralmente", diz Chagas.
Segundo a jornalista do blog Os Divergentes, o argumento dos conselheiros de Temer é que, depois da decisão do STF de afastar Eduardo Cunha, ninguém mais está a salvo de nada. "E que a tendência da Suprema Corte, agora, é tratar todos os políticos com rigor. Nomear ministros que daqui a algumas semanas ou poucos meses podem se transformar em réus seria um constrangimento desnecessário", diz ela.
"Como, em tese, ninguém foi convidado oficialmente, e muito menos confirmado, não haverá supresa se houver mudanças de rumo no Planejamento, Turismo e outras pastas", acrescenta.