247 – Em
artigo publicado nesta segunda-feira, o colunista José Roberto de Toledo questionou o projeto "Temer 2018", lançado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), lembrando que o interino ainda nem se consolidou na cadeira.
"Pode ter sido um acesso coletivo de servilismo para agradar o chefe, pode ter sido excesso de imaginação, pode ter sido até uma tentativa premeditada de vender otimismo em momento de incerteza. A intenção importa menos do que a consequência. A pronta negativa evidenciou o instável equilíbrio no qual se assenta o governo interino. Temer não pode nem mesmo cogitar 2018 antes de garantir 2016 – e sobreviver a 2017", diz ele.
Toledo alertou ainda para o risco de traição ao PSDB, que se associou ao golpe de 2016. "Os destinatários inominados da nota foram Aécio Neves e Geraldo Alckmin, que guardavam lugar na fila presidencial de 2018 antes de Temer nem sequer sonhar em sair da penumbra da vice-presidência da República. No grande acordo do impeachment, ele prometeu-lhes que jamais seria candidato."
O colunista lembrou, ainda, a péssima avaliação de Temer. "Detalhe mais difícil de superar é mesmo a realidade das urnas. Pesquisa do instituto Ipsos mostrou que a avaliação do presidente em exercício piorou de junho para julho. Novos cruzamentos da sondagem, divulgados aqui com exclusividade, revelam o que pegou mais para a população nesse período de interinidade de Temer: inflação, desemprego e corrupção."
0 Comentários