247 - Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, o delator da Odebrecht João Pacífico afirmou que pagou propina de R$ 2 milhões ao assessor especial da Presidência da República Tadeu Filippelli (PMDB) em 2014.
Na época, Filippelli era vice-governador do Distrito Federal e teria recebido o dinheiro para beneficiar a Odebrecht nas obras do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad).
Ele entregou aos procuradores três tabelas que se referem às etapas contratuais a serem cumpridas e os valores da propina. Duas dessas se referem aos valores que seriam pagos ao governador e ao vice.
Segundo Pacífico, os pagamentos foram feitos a um interlocutor dos políticos em cafés e restaurantes. O codinome dessas operações era "Comprido" ou "Cumprido".
Pacífico disse que teve reuniões com Filippelli no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, na residência oficial e em restaurantes de Brasília para tratar do contrato do Centrad.
"Nesses encontros, embora eu não tenha tratado abertamente com o vice-governador sobre o pagamento da propina, ficava evidente, para mim, que ele tinha total conhecimento do acerto e das etapas previstas nas tabelas, tendo demonstrado claramente o seu interesse no cumprimento", disse.
Em vídeo, Filippelli se defendeu das acusações. "A mídia veiculou a delação de um executivo de uma grande empreiteira envolvendo meu nome. Ainda não tenho conhecimento de tudo o que foi declarado", diz o peemedebista.
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