Ontem foi um dia histórico no Brasil com a maior paralisação em duas décadas, como foi análise da mídia internacional. O sucesso da greve é visível pelas ruas vazias de São Paulo e se mede, por exemplo, através desta matéria do Uol:
Este balanço começa com a paralisação dos transportes públicos pelo sindicato dos condutores de Sorocaba e região. Esta ação praticamente ocorreu em todas as capitais e nas grandes cidades do país.A foto acima da rodoviária de manhã mostra que a paralisação foi total.
A paralisação dos transportes obrigou , inclusive a quatro municípios da micro região a darem ponto facultativo neste dia. A saber Mairinque, São Roque, Ibiúna e Vargem Grande Paulista. Claro, também que a ação do Siproem de pedir o ponto facultativo também foi determinante para a paralisação das prefeituras. Isto mostra com clareza a força que o movimento adquiriu na região, visto que os atos oficiais citavam as manifestações que ocorreriam nas cidades.
No dia da Greve Geral , de manhã seria organizado um aposentômetro na Praça da Matriz, para tirar dúvidas da população sobre o tempo de trabalho que faltaria para se aposentar se aprovada a Reforma da Previdência. E ali com mais de 60 pessoas presentes já se fez um pequeno ato público sobre a Greve Geral, e buscou-se destacar o apoio de mais de 100 bispos da Igreja Católica a paralisação e das Igrejas Evangélicas, especialmente a Metodista, que já se manifestaram contra a Reforma da Previdência.
Destacou a presença do Antônio da Afase, representante dos supervisores da secretaria de Educação do Estado, e também de vários professores do Estado que paralisaram em protesto contra a Reforma da Previdência e Trabalhista.Ainda, vários deles foram participar do ato em São Paulo.
A manifestação estava marcada para as 13 horas no Largo do Mendes e mais de 300 pessoas participaram tanto da concentração, que teve a presença do grande músico Mario Barroso que cantou Para não dizer que não falei das flores de Geraldo Vandré e um outra musica de sua autoria. E várias falas, explicando o sentido da manifestação e seu caráter pacífico.
Destaco, a participação de funcionário da Justiça do Trabalho, visto que um dos objetivos da Reforma Trabalhista seria o fim desta instituição que protege o trabalhador e faz a mediação entre capital e o trabalho.
A manifestação percorreu as principais ruas do Centro da cidade e terminou no mesmo lugar de onde saiu, com um jogral e Mario Barroso cantando a música de Geraldo Vandré, símbolo de resistência contra a ditadura.
O dia 28 de Abril revela um crescimento do movimento em São Roque, visto que foram 200 pessoa na Câmara no debate sobre a Reforma da Previdência,em 16 de março. No da 31 de março, foram mais de 200 pessoas pelas ruas da cidade e ontem 300 pessoas.Isto tudo, em pouco mais de 40 dias.
A greve é um instrumento para forçar o Congresso e o governo Temer a recuarem nas reformas trabalhista e da previdência. E no Senado a tramitação desta matéria será difícil visto que o líder do governo, Renan Calheiros, sinalizou ser contra o projeto da Reforma Trabalhista e declarou a mídia que “ melhorias e aperfeiçoamento devem ser feitas,mas não desmantelamento da lei trabalhista vigente”.
As entidades organizadoras (Apeoesp, Sinasefe, União Regional do Estudante, Siproem e a Frente Popular de São Roque) fizeram uma ato organizado e pacífico pelas ruas da cidade, e no final agradeceram o apoio da policia militar e da guarda municipal, além de professores de outras cidades.
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