247 - Em seu acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, o executivo Fernando Reis afirmou em depoimento que a Odebrecht orientou, em 2014, o então candidato a presidente Pastor Everaldo (PSC) a ajudar o candidato do PSDB, Aécio Neves, em um debate entre os presidenciáveis realizado durante a campanha.
Reis não informa qual foi o debate nem se Aécio tinha conhecimento do pedido; segundo ele, o objetivo da empresa com a manobra foi “dar mais visibilidade” para o candidato tucano durante o debate e ajudá-lo a garantir vaga no segundo turno para disputar com a então presidente Dilma Rousseff, que concorria à reeleição.
"O G1 falou por telefone com Pastor Everaldo, mas ele disse que não poderia dar entrevista naquele momento porque estava em uma reunião. Também procurou a assessoria de Everaldo, mas não conseguiu contato.
Fernando Reis afirmou que a Odebrecht repassou R$ 6 milhões para a campanha de Pastor Everaldo, a quem disse ter sido apresentado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
De acordo com o delator, após a morte de Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB, os votos da comunidade evangélica migraram para Marina Silva, que o sucedeu como candidata. 'Aí, ele [Everaldo] praticamente desapareceu nas pesquisas', disse.
Segundo Reis, Pastor Everaldo 'tinha uma rixa com o PT', partido de Dilma Rousseff, e 'a ideia' da Odebrecht com o pedido de ajuda foi 'ajudar Aécio a chegar num segundo turno'."
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