Bahia 247 – Desconfiado quanto ao recuo das medidas rejeitadas pela população quanto a Reforma da Previdência, o cientista político e professor Jorge Almeida, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), diz que “Primeiro que não sabemos no que o governo vai recuar de fato, é um balão de ensaio sobre o recuo”.
“Essa possibilidade tem a ver com dois fatores vinculados. Um é a rejeição completa da população à reforma da Previdência, que é uma medida para acabar com a previdência pública. E uma rejeição grande ao governo, que chegou de forma ilegítima, e já está isolado de forma popular, sustentado apenas pelo Congresso sem legitimidade e por grandes grupos empresariais que estão apoiando todas as reformas, da Previdência, terceirização, trabalhista”, afirma Jorge Almeida , segundo reportagem de Guilherme Reis, no Tribuna da Bahia (
leia aqui).
Ele avalia, ainda, que os protestos registrados anteriormente e a greve geral marcada para o dia 28 de abril, devem intensificar a pressão contra o governo Michel Temer. “Isso tudo provoca uma pressão grande aos parlamentares que estão votando nessas medidas antipopulares. A própria bancada de sustentação do governo está preocupada com a sua sobrevivência política. Há uma resistência dentro do próprio Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado”.
Para ele, nenhuma das mudanças apresentadas é significativa o suficiente para modificar a essência do projeto: “Querem manipular a opinião pública. Se mantiver a idade e o tempo de contribuição, que dava aquela taxa de 65 anos e exigindo 49 anos de contribuição, todos já vimos que a aposentadoria já iria para 70 anos ou mais. As pessoas teriam que começar a trabalhar com 16 anos.”
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