Delação da JBS: veja os VÍDEOS e os principais pontos dos depoimentos

Sigilo já havia sido retirado, mas material não estava disponível; informações resultaram em movimento pelo impeachment de Temer.

O Supremo Tribunal Federal liberou, nesta sexta-feira (19), o conteúdo das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato. As delações foram homologadas pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
A reportagem está sendo atualizada com todos os vídeos das delações, seus temas e principais pontos.

IRMÃOS BATISTA

Delação JBS - áudio - 16 março 2017 - INQ 4483
Os donos da JBS disseram em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato.
Delação JBS - áudio - 16 março 2017 - INQ 4483

JOESLEY BATISTA

Termo 1 – Guido Mantega
Depoimento de Joesley Batista - Termo 01
Termo 2 – BNDES + Fundos de Pensão
Depoimento de Joesley Batista - Termo 02
Termo 3 - FI/FGTS e Lúcio Funaro
  • 1'12'' - Joesley Batista diz que foi apresentado a Lúcio Funaro, em 2011, por um amigo de infância.
  • 2'32'' - Furaro afirmou que sabia que a Eldorado (empresa do grupo J&F) estava construindo uma fábrica e que estava tentando levantar um financiamento junto ao FI/FGTS, no valor de R$ 940 milhões. Então, Funaro propôs ajuda para a liberação.
  • 5'00'' - Segundo o doleiro, Flávio Cleto (que atuou na Caixa Econômica Federal) e podia ajudar a aprovar.
  • 7'40'' - Segundo Joesley, Funaro sempre falava em nome de Eduardo Cunha, e Cunha falava em nome de Temer.
  • 6'26'' - O doleiro cobrou 3,5% dos contratos.
  • 17'50'' - Joesley afirma que pagou R$ 170 milhões de reais de 2011 a 2016 ao grupo de Lúcio Funaro.
  • 13'50'' - O empresário diz que conheceu Eduardo Cunha em 2013. "Ele encampou o FGTS, encampou a Caixa, encampou o Min da Agricultura, eles faziam assim."
  • 14'50'' - Joesley afirma que ficou surpreso ao saber que a PF apreendeu na casa de Eduardo Cunha documentos sobre operações da J&F. "Não sei se ele queria mostrar que sabia muito de mim."
Depoimento de Joesley Batista - Termo 03
Termo 4 – Ministério da Agricultura, conta corrente, Cunha e Funaro
Depoimento de Joesley Batista – vídeo Termo 04 - Relacionamento Ministério da Agricultura
Termo 5 – Cunha e desoneração da Folha
Depoimento de Joesley Batista - Termo 05
Termo 6 - Eleição de Cunha para Presidência da Câmara
  • 0'58'' – Joesley diz que pagou R$ 30 milhões para a eleição de Eduardo Cunha à Presidência da Câmara, em 2014. "Pago R$ 10 milhões com nota fria de fornecedores diversos que ele apresentava."
  • 1'21'' - O empresário afirma que Cunha "comprou" deputados. "Pelo que eu entendi ele saiu comprando deputado, saiu comprando um monte de deputado Brasil a fora. Para isso que servia os R$ 30 milhões. Um bucado de bota fria foi apresentado por esses deputados, foi entorno de R$ 10 milhões, R$ 11 milhões. Teve em espécie entregue a ele, que eu não sei o que ele fez com isso, cerca de R$ 5 a R$ 6 milhões e R$ 12 milhões. Não não, foi ao contrário, R$ 12 milhões em dinheiro e R$ 5 a R$ 6 milhões em doação oficial ao PMDB."
Depoimento de Joesley Batista - termo 06
Termo 7 – Marcos Pereira (PRB)
Depoimento de Joesley Batista - Termo 07
Termo 8 – Deputado João Bacellar
  • 2'19'' - Joesley descreve como o deputado João Bacellar, do PR, o procurou para comprar deputados a favor do impeachment da Dilma, na véspera da votação na Câmara.
  • 4'18'' - Segundo o empresário, Bacellar pediu dinheiro para comprar 30 deputados, para conseguir ganhar o impeachment. O deputado queria pagar R$ 5 milhões a cada um.
  • 4'55'' - Joesley diz que aceitou comprar 5 deputados, pagando R$ 3 milhões para cada um.
  • 5'23'' - Ele afirma não se lembrar os nomes dos deputados comprados. "É deputado do baixo clero, um monte de nome, que só na época conferi, deu 5 dele e lá tô eu com dívida de R$ 15 milhões."
  • 6'43'' - Joesley diz que até hoje Bacellar o cobra pela dívida.
Depoimento de Joesley Batista – Termo 08
Termo 9 - João Vaccari e Guilherme Gushiken
Depoimento Joesley Batista - Petição 7003 FL 18 3maio2017 - Termo 09
Termo 10 - Marta Suplicy
Depoimento de Joesley Batista - Termo 10 - Marta Suplicy
Termo 11 - José Serra
Depoimento de Joesley Batista - Termo 11
Termo 12 – Antonio Palocci
Depoimento Joesley Batista – termo 12
Termo 13 – Troca de chumbo, Guido Mantega e Banco Rural
Depoimento de Joesley Batista - PET_7003_VOLUME_MÍDIA_FL_18_03MAIO2017_Termo13

Vídeo 1 - 7/4/17 - PET 7003 TD 01 Joesley Mendonça

  • 3'36'' - Joesley afirma que os crimes foram cometidos nos últimos 5 anos. Segundo ele, recentemente a empresa passou a registrar os atos ilícitos que cometia. "A gente acreditava que uma hora seria acionada a dar explicações."
  • 5'21'' - Joesley diz que suas doações oficiais de campanha somaram R$ 500 milhões, sendo R$ 100 milhões pagos em notas fiscais frias. Isso. Propina disfarçada de doação política. "R$ 400 milhões foram contrapartida a ajustes ilicitos feitos pelos politicos a gente acabava pagando."
  • 5'00 - procurador pergunta se as doações oficial, registradas no TSE, são na verdade propina disfarçada. Joesley responde: "Isso. Propina disfarçada de doação política."
PET 7003 - TD 01 Joesley Mendonça 20170407
PET 7003 - TD 02 Joesley Mendonça 20170407
Inq 4483 - Volume 01 pendrive FL 61 - 00001-1 - Joesley Batista - 07/04/17
Depoimento de Joesley Mendonça - TD Complementar 27/04
  • 3’38'' – Joesley Batista conta como contratou Willer Tomaz para defender a empresa Eldorado na investigação da Greenfield
  • 5’08'' – Joesley explica que Tomaz teria dito que tinha muita influência com juiz Ricardo Soares, da 10ª vara, substituto no caso
  • 5’49’’ – Conta que Willer deixou claro que não havia propina para o juiz, e sim que eles eram amigos pessoais.
  • 7’51’’ – Conta que os honorários pela causa ficaram acertados em R$ 4 milhões, mais R$ 4 milhões de o inquérito fosse arquivado.
  • 9’05'' – Joesley relata que Willer contou que um amigo seu do Rio iria se juntar à força-tarefa do procurador Anselmo, da Greenfield (que viria a ser o procurador Ângelo)
  • 13’15’’ – Relata como foi procurado por Willer Tomaz para um encontro urgente, que ocorreu em um hangar. Willer relata que Ângelo se juntou à força-tarefa e teve uma reunião sobre um ex-sócio de Joesley que seria investigado. Willer relata que Ângelo gravou a audiência.
  • 16’15’’ – Joesley relata que Willer falou que iria dar R$ 50 mil por mês para ajuda de custo ao procurador Ângelo. Joesley diz que foi iniciativa de Willer, e que não contratou esse serviço.
  • 19’05'' – Volta a falar do encontro no hangar; Willer teria dito que o juiz Ricardo falou que uma bomba iria estourar.
Depoimento de Joesley Mendonça - TD Complementar 27/04

WESLEY BATISTA

PET 7003 - Depoimento Wesley Mendonça Batista - Termo 01
PET 7003 Depoimento de Wesley Batista - Termo 02
Depoimento de Wesley Batista – Termo 03
Petição 7003 - Depoimento Wesley Mendonça Batista - Termo 04
Depoimento de Wesley Batista - Termo 5 (4 de maio) - cita Gilberto Kassab
Depoimento de Wesley Batista – PET 7003 FL 18 4 de maio Termo 06
Depoimento de Wesley Batista - 10052017

RICARDO SAUD

Diretor de Relações Institucionais e governo na holding J&F.
Depoimento Ricardo Saud - Depoimento 1
PET 7003 - Depoimento de Ricardo Saud - Depoimento 2
Depoimento Ricardo Saud - RS-05May17-12.17-Dep3
Depoimento de Ricardo Saud - Depoimento 4 - 5/maio/2017
Depoimento de Ricardo Saud - Depoimento 05 - 05/maio/2017
Depoimento Ricardo Saud - RS-05May17-15.06-Dep6
Depoimento 7
  • 01’13’’ – Ricardo Saud relata proximidade com o senador Delcídio do Amaral. Afirma que a empresa Rodrimar tinha uma força no governo, principalmente junto a Michel Temer, então vice-presidente.
  • 4’04’’ – Relata que o dono da Rodrimar disse que Temer estava trabalhando no tema para ajudar, e que era preciso arranjar alguém do PT.
  • 5’33’’ - Ricardo Saud relata o início do pagamento de “mensalinho” ao senador Delcídio do Amaral quando candidato ao governo do MS, de R$ 500 mil por mês, por 10 meses.
Depoimento Ricardo Saud - RS-05May17-15.06-Dep7 - Delcídio do Amaral
Depoimento de Ricardo Saud - Depoimento 08 - 05/maio/2017
Depoimento de Ricardo Saud - Depoimento 09 - 05/maio/2017
Depoimento 10
  • 3’15’ – Ricardo relata reunião com o senador Eunício Oliveira, então relator de uma Medida Provisória que prejudicava empresas do setor lácteo. Eunício pede R$ 5 milhões para alterar o texto em benefício do setor.
  • 5’25’’ – O delator relata que a propina foi paga dissimulada, mediante doação ao Diretório Nacional do PMDB, do qual Eunício era o tesoureiro. Mas 8 meses depois, depois de a propina ter sido quitada, Eunício relatou outra MP, que na prática retirou todos os benefícios incluídos na primeira MP, a pedido da associação.
Depoimento de Ricardo Saud - depoimento 10
Depoimento de Ricardo Saud - RS-05May17-16.56-Dep11
Depoimento de Ricardo Saud - RS-05May17-16.56-Dep12
Depoimento de Ricardo Saud - RS-05May17-16.56-Dep13
Depoimento de Ricardo Saud - RS-05May17-16.56-Dep14
Depoimento de Ricardo Saud - Depoimento 15 - 5/maio/2017
Depoimento Ricardo Saud - RS-05May17-16.56-Dep16
Depoimento de Ricardo Saud - Depoimento_Sr Ricardo_10052017

TD 01 Ricardo Saud 20170407 - Aécio Neves

  • 3'45'' - Ricardo diz que Aécio estava com problemas de caixa e estava cobrando ajuda de Joesley, que não queria colaborar mais.
  • 4'25'' - "Ele [Aécio] nunca fez nada por nós. Prometeu, prometeu e nunca fez nada por nós."
  • 5'19'' - Ricardo diz que a JBS doou cerca de R$ 80 milhões para a campanha de Aécio.
  • 5'43'' - Ricardo afirma que na última conversa de Joesley com Aécio, o tucano pediu ajuda para pagar dois advogados.
  • 6'44'' - Segundo Ricardo, Joesley propôs uma "última ajuda", de quatro parcelas de R$ 500 mil.
  • 7'00'' - Aécio teria dito que não iria receber o dinheiro pessoalmente, mas mandaria um primo seu, chamado Fred.
  • 8'22'' - Ricardo descreve a entrega de dinheiro, em dinheiro vivo, notas de R$ 100, dentro de mochilas.
  • 13'48'' - Ricardo relata pagamentos quinzenais ao doleiro Lúcio Funaro.
Depoimento Ricardo Saud - TD 01 Ricardo Saud 20170407 - Aécio Neves
Termos de delação 2 - Ricardo Saud - 10/05/2017
Termos de delação 3 - Ricardo Saud - 10/05/2017
Depoimento de Ricardo Saud - INQ 4483 / AC4315 - 00003-3-07-04-2017
Depoimento Ricardo Saud - Petição 7003 FL 87 TD 01 de 10_05_2017

VALDIR APARECIDO

Diretor de tributos da JBS
Termo 1 - Governo de Silval Barbosa (PMDB-MT) e secretários de Estado
  • Executivo da JBS fala de esquema de propinas envolvendo o governo do Mato Grosso para incentivos fiscais por meio de um documento falso.
  • 2'26'' - Valdir fala sobre um incentivo fiscal para frigoríficos, dado pelo estado do Mato Grosso. Com o programa ProDeic, carga tributária final ficava entre 0 e 1%. Mas a JBS não se enquadrava nele. Então, o governador Silval Barbosa ofereceu um crédito de R$ 73 milhões pra JBS, em 2011.
  • 5'50'' - "[Era] crédito ilegítimo, digamos assim. Crédito tributário... Ele estava fora do Prodeic, nós na época imaginávamos que esse crédito, o estado poderia conceder esse crédito. Mas depois a gente acabou chegando à conclusão de que o estado não poderia ter dado esse crédito à JBS", diz Valdir.
  • Segundo Valdir, o crédito foi possível por vários anos possíveis porque Wesley Batista negociou o benefício com o governador, em troca de propina.
Depoimento de Valdir Aparecido - PET_7003_VOLUME_MÍDIA_FL_18\04maio2017\Valdir Aparecido - termo 1
Depoimento de Valdir Aparecido - vídeo 2 (termo 2)
Depoimento Valdir Aparecido - Termo 1 - Mato Grosso
Depoimento Valdir Aparecido Boni 10052017
Depoimento de Valdir Aparecido – vídeo 3

FLORISVALDO CAETANO DE OLIVEIRA

Depoimento de Florisvaldo Caetano de Oliveira - PET 7003 - Termo 1
Validação da delação de Florisvaldo Caetano de Oliveira
  • 2’20’’ - Florisvaldo diz saber que terá que pagar uma multa de R$ 500 mil e que aceitou a delação e o acordo por livre vontade.
Depoimento de Florisvaldo Caetano de Oliveira - Depoimento_Sr Florisvaldo_10052017

DEMILTON ANTONIO DE CASTRO

Depoimento Demilton Antonio de Castro - 04maio2017 - Termo 01
PET 7003 - Depoimento_Sr Demilton_10052017

FRANCISCO SILVA

Depoimento de Francisco Silva - TD Francisco Silva May17_15.31
Depoimento de Francisco de Assis e Silva - TD 01 - PET 7003
  • 27’49’’ – Francisco de Assis relata ter recebido do advogado Willer Tomaz, da JBS, documentos da força-tarefa da Operação Greenfield.
  • 28’50’’ – Francisco questiona se os documentos foram entregues pelo procurador Ângelo. Willer desconversa.
  • 31’ – Delator relata que Willer tentou renegociar seus honorários e disse que não ficou com nada do dinheiro recebido, que foi para o então presidente da OAB, Juliano Couto, para uma pessoa relatada como André e para uma terceira pessoa.
  • 32’20’’ – Francisco diz que perguntou a Willer se estava claro para o procurador Ângelo que ele teria uma remuneração.
  • 49’40’’ – Francisco relata tentativas de Willer de marcar um jantar com o procurador Ângelo, e que ele estava com um material pronto para mostrar, provando que houve capitalização.
Delação JBS - depoimento de Francisco de Assis e Silva - PET 7003
Audiência de validação da delação do advogado Francisco de Assis e Silva
  • 2’30’’ – Francisco relata que formalizou a contratação do advogado Willer para ajudar na operação Greenfield, e que ele o apresentou a um procurador da República, membro da força tarefa da operação. Ele diz que conversou com Joesley e disse que deveria denunciar esse fato ao Ministério Público voluntariamente.
Depoimento Francisco de Assis e Silva - 10/maio/2017 - PET 7003
FILMAGEM DA POLÍCIA FEDERAL

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